O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, que falhou hoje a reeleição para o comité executivo da UEFA, afirmou tratar-se de «um resultado extremamente baixo para aquilo que estava à espera».
Madail admitiu também que a «má imagem» do futebol português influenciou o resultado da votação no fim do congresso da UEFA, realizado em Paris.
O presidente da FPF, que integrava a lista de 13 candidatos aos sete lugares disponíveis para o comité executivo da UEFA, era um dos seis membros do actual elenco que avançavam com uma recandidatura.
Recusando fazer «outros comentários», Madail sublinhou, porém, que abandona o comité executivo da UEFA «com a consciência do muito trabalho feito” em prol do organismo europeu: «Fiz tudo o que pude pela UEFA, mas políticas são políticas».
Interrogado sobre uma alegada fragilização do futebol português, Madail respondeu: «Pode ser que se venha a recuperar com outra pessoa qualquer e pode ser que seja mais depressa que desde o último representante na UEFA, Silva Resende».
O responsável da FPF reiterou que «tudo tem sempre consequências», antes de explicar que acabava de terminar uma eleição e que não pretendia falar de outras, como uma eventual recandidatura à presidência da FPF.
Um pouco mais tarde, em comunicado emitido pela FPF, explicou que «foi uma eleição muito disputada», com 13 candidatos para sete lugares, a maior parte dos quais representando os chamados países de Leste, que têm «assumido cada vez mais preponderância no futebol Europeu».
O presidente da FPF lembrou que vai continuar a desempenhar «funções na UEFA», nomeadamente no comité das competições de selecções, de que é presidente, e ainda no Comité do Futebol Jovem e Amador, do qual é vice-presidente.
Concluída a eleição para o comité executiva da UEFA, as atenções de Madail vão agora centrar-se na situação interna: «Para já, a minha grande preocupação é resolver definitivamente a questão dos estatutos da FPF».
Os novos estatutos federativos, adequados ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas, foram aprovados na generalidade na Assembleia-Geral da FPF do passado sábado, mas três dos 103 artigos foram chumbados na especialidade.
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