António Simões foi esta quinta-feira ouvido como testemunha abonatória de Carlos Queiroz no âmbito do processo instaurado pelo Conselho de Justiça da Federação de futebol, na sequência das declarações sobre Amândio de Carvalho, e à saída pediu "a demissão de Laurentino Dias".
Quando questionado sobre se Laurentino Dias é responsável por toda esta situação, António Simões é peremptório em afirmar que sim: "Não tenho dúvidas. Não é o único, mas é dos [responsáveis] ".
Para o ex-seleccionador nacional sub-23, "não há argumentos para o processo chegar onde chegou", podendo ter sido gerido "de outra maneira".
“Chegou o momento, neste país, de as pessoas do futebol tomarem conta do futebol. Chegou o momento de dizer basta. Estou a expressar o meu descontentamento, a minha revolta por estar a ver o poder, que não é do futebol, a resolver as coisas que são do futebol”, frisou.
António Simões considerou ainda que Gilberto Madaíl é uma "vítima da interferência política no caso do controlo antidoping".
“O que ele devia fazer, era perguntar ao senhor secretário de Estado se devia, ou não, encostar a FPF para tomar uma decisão. A única nota de culpa que dou ao senhor Gilberto Madaíl é quando o senhor secretário de Estado disse que o senhor Carlos Queiroz tinha tido uma atitude grave no controlo antidoping, devia ter dito: Não se meta nisso, eu é que tenho de decidir se o senhor Carlos Queiroz tem de ser punido ou não. Esse é o pecado de Madaíl”, sublinhou.
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