O futebol português pode perder mais de 40 milhões de euros caso o impasse na aprovação dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) resulte na suspensão de selecções e clubes portugueses nas provas internacionais.
Este é o valor aproximado que o futebol português perderia na próxima temporada caso uma suspensão internacional impedisse os clubes participarem nas competições europeias e a selecção de se apurar para o Euro 2012.
Sem contar com receitas de publicidade, bilheteira e transmissões televisivas, os clubes portugueses já arrecadaram em 2010/2011 mais de 23,5 milhões de euros nas competições europeias, só em prémios de participação e de resultados na Liga dos Campeões e Liga Europa.
Apesar de já afastados da milionária “Champions”, Benfica e Sporting de Braga continuam a facturar na segunda prova europeia, tal como o FC Porto, pois este trio mantém-se na corrida aos quartos de final.
Sporting de Braga e Benfica ficaram-se pela fase de grupos da Liga dos Campeões, mas só os minhotos arrecadaram 11,6 milhões, números superiores aos somados pelos campeões portugueses, que na “Champions” embolsaram 8,7 milhões.
Embora os valores sejam incomparavelmente inferiores à Liga dos Campeões, os actuais 23,5 milhões auferidos pelos emblemas nacionais podem ainda “engordar” caso Benfica, Sporting de Braga e FC Porto continuem em prova na Liga Europa (que premeia o campeão com três milhões de euros e o finalista com dois).
Repescando os valores auferidos pela selecção portuguesa na última edição do Europeu, em 2008 (11,5 milhões de euros só em prémios de presença e de resultados), o futebol português hipotecaria esta temporada uma verba a rondar os 35 milhões caso a FIFA avançasse pela suspensão.
Na época anterior o futebol português arrecadou um total de 27,4 milhões de euros, soma que contabiliza a “fatia” distribuída pela UEFA pelos direitos televisivos, com o FC Porto, o único clube a disputar a Liga dos Campeões (chegou aos oitavos de final), a receber a maior parte do “bolo” das receitas: 18,7 milhões.
Aos 35 milhões podem somar-se os 4,1 milhões de euros que deixaram de ser transferidos do Estado para a FPF desde 2010, verba que só voltará a ser canalizada para o organismo quando os estatutos forem adequados ao novo regime jurídico.
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