Uma vitória por 2-0 sobre a Irlanda, no antigo Estádio das Antas, lançou Portugal no segundo título consecutivo no Mundial sub-20 de futebol, num trajecto vitorioso que culminou com uma penalidade de Rui Costa no “seu” Estádio da Luz.
João Vieira Pinto, um dos dois jogadores que se sagraram bicampeões em Portugal (juntamente com Brassard), inaugurou o marcador no jogo de estreia com a Irlanda, no Estádio das Antas, aos 17 minutos, com Capucho, a 14 minutos do fim, a marcar o segundo e definir o resultado.
Apenas três dias depois, noutro estádio que já não existe, a “velhinha” Luz, Portugal somou o segundo triunfo, num encontro marcado pela indisciplina, com três jogadores da Argentina a serem expulsos.
Os sul-americanos terminaram o jogo com oito jogadores e Portugal com uma vitória por 3-0, com todos os golos a serem apontados na segunda parte, por Gil (56), Paulo Torres (80) e Toni (86).
O árbitro belga Guy Goethals foi obrigado a recorrer ao bolso por oito vezes, três delas para dar ordem de expulsão a Claurio Paris (42), Maurício Pellegrini (62) e Juan Esnaider (89).
O terceiro e último jogo da primeira fase, frente à selecção unificada da Coreia (a última vez que o Norte e o Sul se uniram numa equipa em torneios desportivos), foi bem mais disciplinado e bastou um golo solitário de Paulo Torres, a três minutos do intervalo, para Portugal encerrar a primeira fase com o pleno de vitórias.
Na entrada da fase a eliminar, Portugal “transpirou” para ultrapassar o México e só um golo de Toni, já no prolongamento (101 minutos), permitiu à equipa anfitriã seguir para as “meias”.
No tempo regulamentar, Paulo Torres inaugurou o marcador logo aos três minutos, na cobrança de uma grande penalidade, com os mexicanos a empatarem a dez minutos do intervalo, por intermédio de Bruno Mendoza, com a igualdade a ser desfeita só no período extra.
Seguiu-se a Austrália nas meias-finais, bastando um golo solitário de Rui Costa, pouco depois de dobrada a primeira meia hora de jogo, para accionar o delírio entre os 112.000 espectadores que marcaram presença na Luz.
Na final, não chegaram 120 minutos para mexer no “placard”. Portugal e Brasil tiveram de definir o campeão de 1991 nas dramáticas grandes penalidades. Os 127.000 adeptos que encheram a Luz só pularam quando Rui Costa apontou a penalidade decisiva, a quarta a favor dos portugueses, contra apenas duas marcadas pelo “escrete”.
Carlos Queiro relembra como tudo se passou.
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