David Neres concedeu uma entrevista ao jornal italiano 'Corriere della Sera', onde explicou os motivos que o levaram a deixar o Benfica e rumar ao Nápoles no início da presente época.

O internacional brasileiro afirmou que, perante a oportunidade de rumar ao clube napolitano, não hesitou na hora de decidir.

"Até àquele momento, tinha jogado em equipas de topo, mas não em ligas fortes como a italiana. O Nápoles deu-me essa oportunidade. Não pensei duas vezes, é um clube com um projeto", afirmou.

Antes da Serie A, David Neres esteve no Benfica, que o contratou aos ucranianos do Shakthar, numa altura muito conturbada que culminou com a guerra na Ucrânia.

"Quando cheguei ao Shakhtar, senti-me muito bem, estava pronto e com De Zerbi treinei-me bem. Mas depois a guerra interrompeu tudo e houve um longo período sem jogos. Regressei ao Brasil. No início, quase senti que me tinha retirado do futebol, no primeiro mês diverti-me, depois comecei a aborrecer-me. Fiquei parado até aparecer o Benfica, pareceu-me uma eternidade", disse Neres.

Agora em Nápoles, Neres mostra-se muito satisfeito por trabalhar ao lado de Antonio Conte, deixando rasgados elogios ao treinador italiano.

"Muito bom! Estou a falar a sério, ele exige muito de cada jogador. Para mim é perfeito, porque quando um treinador não é exigente, tenho tendência para relaxar. Ele dá-nos a conhecer o melhor, estimula-nos, motiva-nos como ninguém. E também nos repreende. Aconteceu-me isso duas semanas depois de chegar aqui", sublinhou.

Apesar dos elogios, Neres e Conte tiveram uma altercação ainda durante a pré-temporada, um episódio que o brasileiro recordou.

"Tínhamos jogado um particular e digamos que eu não estava empenhado. Ele chamou-me à parte de forma clara e direta. Naquele momento percebi com quem estava a lidar e como deveria comportar-me", clarificou.