O Sporting atacou muito, o Santa Clara foi lá uma vez, e sem ler nem escrever conseguiu chegar ao empate e levou o jogo para prolongamento. Será que foi mesmo assim? Já lá vamos. A equipa de João Pereira foi sempre a mais dominante, perante um 5-4-1 dos açorianos a defender. Só que os verdes e brancos voltaram a sentir dificuldades em criar oportunidades, e nesse campo as duas equipas até se igualaram. Contas feitas: Os leões tiveram que sofrer e suar muito para arrancarem uma vitória a ferros (2-1) e seguir em frente na Taça de Portugal, tal como tinha acontecido frente ao Boavista.

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João Pereira repetiu o onze que tinha utilizado na última partida frente ao Boavista, com João Simões e Hjulmand no miolo. Na primeira parte, Quenda falhou um golo, quase certo, quando desperdiçou ocasião soberana, servido por Geny Catamo. Já próximo do final da primeira parte, Hjulmand atirou para o fundo da baliza, mas o lance acabou por ser anulado, e as duas equipas foram em igualdade para o intervalo.

Na segunda parte a toada manteve-se, com os leões no controlo do jogo. O marcador acabou por ser desbloqueado à passagem do minuto 74, por Harder, na primeira vez que tocou na bola, numa lance criado por Quenda, do lado direito.

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Com intenção de fazer o segundo, e depois de ter falhado ocasiões soberanas, ficando na retina um lance de Trincão, o Sporting não conseguiu conter a avalanche final do Santa Clara. Os açorianos criaram três ocasiões, quase de seguida, e conseguiram chegar ao empate. Primeiro por Gabriel Silva, que falhou um golo cantado. Logo a seguir foi Israel a impedir o tento de Guilherme Ramos. E ao minuto 98 a igualdade acabou mesmo por chegar, por intermédio de Pedro Ferreira.

As incidências do encontro representam o raio-x perfeito do que tem sido este Sporting de João Pereira: Escassa capacidade de criação, dinâmicas ineficazes, pouco intensidade e dificuldades no momento defensivo.

Já no prolongamento, e perante um jogo amarrado, a eliminatória ficou resolvida num erro provocado pela defensiva do Santa Clara. Venâncio ofereceu o golo a Viktor Gyokeres que desatou o nó.

Momento

O momento em que Venâncio 'estraga' a pintura. Perante a desinspiração leonina, acabou por ser um erro defensivo a resolver a contenda para o Sporting. O sueco, claro está, não desaproveitou

O melhor - O dueto nórdico dos leões

São altos, louros e fortes. Gyokeres não é o mesmo desde que Amorim partiu para a Manchester. Não aparece da mesma forma em profundidade, a fugir às defensivas adversárias. Esta nova versão demonstra maior egoísmo, numa tentativa de disfarçar as deficiências do coletivo. O início mais tímido deu lugar a uma subida de produção no prolongamento, e o sueco aproveitou da melhor forma um momento fulcral para o Sporting. Já Harder, quando lançado, conferiu outro tipo de acutilância ofensiva aos leões. Abriu as contas em Alvalade num lance pleno de oportunidade

Negativo - O Sporting 'pouquechinho' de João Pereira

Este Sporting de João Pereira continua a ser uma sombra do que era o Superleão de Amorim. Claro que na equação há muitas condicionantes: As ausências de jogadores fulcrais, como são as de Morita, Daniel Bragança, de Nuno Santos, um jogador que joga com a 'faca nos dentes', e que seria importante para estes momentos de maior inconstância e de algum vazio na liderança. A equipa do Sporting está também órfã de Pote, jogador que não tem substituto para a posição e mesmo nos tempos de Amorim, a equipa sofria e muito com a sua ausência. Percebendo-se que a herança de Amorim é muito pesada, a equipa do Sporting passou de golear para triunfar de forma sofrível. Um 'downgrade' impossível de ignorar.

Reações

Tiago Teixeira diz que Santa Clara só veio perder tempo, Gyokeres insatisfeito com as várias interrupções

Vasco Matos orgulhoso dos seus jogadores, Pedro Ferreira disse que equipa merecia os penáltis