A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) reafirmou esta segunda-feira, através de comunicado, a «total confiança» no árbitro assistente José Cardinal, cujo currículo desportivo considera «falar por si» e ser «motivo de orgulho para o setor da arbitragem».
O órgão representativo da classe dos árbitros repudiou de «forma veemente todos aqueles que se apressaram a condenar antecipadamente José Cardinal» e relembrou que «nenhum, cidadão ou árbitro pode ser alvo de processos sumários na praça pública, sem oportunidade de defesa própria».
No comunicado, a APAF manifesta, ainda, «confiança na justiça portuguesa» e dá conta de que se «reserva no direito de pugnar, junto das instâncias próprias, para que este caso seja investigado até às últimas consequências», bem como de «continuar a defender intransigentemente os árbitros e a arbitragem nacional».
Depois de ter sido nomeado para o jogo Sporting-Marítimo, dos quartos de final da Taça de Portugal, José Cardinal acabou por estar em Alvalade, na sequência de uma denúncia do presidente “leonino”, Godinho Lopes, junto do presidente da FPF, Fernando Gomes, sobre uma suspeita de suborno ao árbitro assistente, com base numa carta anónima que lhe teria sido endereçada, contendo um talão de depósito bancário no valor de dois mil euros.
Na sequência desta denúncia, o presidente federativo contactou a Polícia Judiciária, que deu início a investigações que conduziram à descoberta do autor do depósito, um funcionário da empresa Primus-lex administrada pelo vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, que suspendeu de imediato o seu mandato no clube.
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