Num Estádio José de Alvalade quase despido de público, Carlos Carvalhal decidiu ‘transfigurar’ o onze em que vinha apostando nas últimas partidas. Com cinco caras novas, os leões nunca foram capazes de criar perigo de forma continuada, apesar do domínio claro na posse de bola.
A equipa mafrense entrou desinibida – empurrada pelo apoio dos 1500 adeptos - e conquistou o primeiro canto da partida, mas foi ‘sol de pouca dura’. Sem necessidade de forçar o ritmo, o Sporting empurrou o conjunto da II Divisão para perto da sua área. Contudo, a hegemonia não significou ocasiões de golo.
Aliás, o golo leonino caiu dos pés de Yannick, aos 15 minutos, no momento em que este foi derrubado na área pelo guardião do Mafra. Chamado a converter a grande penalidade, Matías Fernández não falhou e coroou da melhor maneira o seu regresso ao onze.
Todavia, a surpresa concretizou-se no minuto seguinte: Zhang fugiu da esquerda para o meio e atirou de fora da área para um belo golo, que deixou em êxtase os 1500 adeptos mafrenses.
Se a igualdade deveria despertar o Sporting, a verdade é que o efeito foi exactamente o contrário. Os leões mergulharam numa estranha letargia, dominando o adversário, mas sem acelerar o ritmo, o que permitia ao Mafra resistir.
Felizmente para Carlos Carvalhal, os leões estão a demonstrar esta noite uma eficácia tremenda. Aos 37’, Daniel Carriço sobe mais alto num canto para cabecear para o 2-1. Atento ao exemplo do defesa, o colega Saleiro repetiu o gesto, à passagem dos 45 minutos, assinando dessa forma o 3-1. E a vantagem talvez pudesse ser maior se o árbitro Hugo Miguel tivesse considerado mão na bola do mafrense José Inácio, aos 36 minutos, o que daria lugar a novo penálti para o Sporting.
Entretanto, Kifuta marcara aos 41 minutos, mas o árbitro invalidou bem o lance por fora-de-jogo do avançado.
Sem ir além dos mínimos, os leões garantiram uma vantagem tranquila para a segunda parte e que o deverá colocar a salvo de qualquer surpresa nestes oitavos-de-final da Taça de Portugal.
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