A Agência Mundial Antidopagem (AMA) disse estar desiludida com a decisão do Comité Olímpico Internacional (COI) de deixar nas mãos das federações internacionais a possibilidade de excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos Rio216.
“A AMA está desapontada por o COI não ter tido em consideração as recomendações do comité executivo da AMA que estavam suportados pelas conclusões do ‘relatório McLaren’ e que teriam assegurado uma abordagem forte e harmoniosa”, disse o presidente da AMA, Craig Reedie.
Segundo Reedie, o ‘relatório McLaren’ “expôs, sem margem de dúvidas, um programa de dopagem apoiado pelo estado na Rússia, que mina seriamente os princípios do desporto limpo de acordo o Código Mundial”.
Embora respeite “a autonomia do COI para tomar decisões de acordo com a carta olímpica”, a AMA diz que vai ajudar as federações internacionais para “encontrar a melhor saída para os atletas limpos”.
O Comité Olímpico Internacional (COI) entregou no domingo às federações de modalidades a decisão de aceitar ou excluir atletas russos nas competições dos Jogos Olímpicos Rio2016.
A decisão contrária à exclusão total dos atletas russos foi tomada depois de a comissão executiva do COI ter analisado um relatório divulgado na passada segunda-feira pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), segundo o qual o Governo russo dirigiu um programa de dopagem no desporto com apoio estatal, com participação ativa do ministro do Desporto e dos serviços secretos.
Na passada quarta-feira, o Comité Olímpico Russo (COR) anunciou a lista de 387 atletas de 30 modalidades selecionados para o Rio2016, que incluía os 68 cujo recurso foi rejeitado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), quanto à exclusão coletiva imposta pela Associação de Federações Internacionais de Atletismo (IAAF), por violações ao código antidopagem e à carta olímpica.
A Rússia, segunda potência mundial do atletismo, atrás dos Estados Unidos, foi suspensa em novembro de 2015 após um ‘demolidor’ relatório independente da AMA, que denunciava um esquema de doping institucionalizado no país.
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