Beatriz Gomes e Helena Rodrigues, que hoje falharam o apuramento para o ‘tri’ olímpico em canoagem, não descartam a possibilidade de tentar a qualificação para Tóquio2020, quando Beatriz tiver 40 e Helena 36.
"Ainda não refleti muito sobre isso. Apos os Jogos de Londres2012 também me perguntavam se iria continuar e aqui estou. Não sei o que vai acontecer", confessou Beatriz Gomes à agência Lusa.
Helena Rodrigues recorda que a sua paixão "é mesmo fazer canoagem", pelo que não lhe passa pela cabeça abandonar a modalidade: "Tóquio2020? Quem sabe?".
Certo é que ambas sabem que não o poderão fazer a solo, pelo que a presença de uma "implica ambas no mesmo barco".
Depois de terem falhado por 18 milésimos de segundo a qualificação nos Mundiais de 2015, no K4 500, que incluía ainda Francisca Laia e Joana Vasconcelos, a experiente dupla falhou hoje em Duisburgo, Alemanha, a derradeira oportunidade de êxito, com o sexto lugar na final de K2 500, que precisava vencer.
"São sempre complicadas as provas em que apenas o primeiro lugar interessa, mas estamos satisfeitas, pois demos o nosso melhor. Batemo-nos com as melhores do Mundo. Hoje não foi o nosso dia", assume Helena Rodrigues.
Beatriz Gomes lamentou a má largada: "Isso implicou com as nossas expectativas na meta. Perdemos logo posição quando costumamos começar a prova junto das primeiras e até na frente. Depois lutámos. Embora não tenhamos atingido objetivo, saímos da água com sensação de que fizemos uma prova que está ao nosso melhor nível".
Com 36 anos, Beatriz Gomes, doutorada e professora na universidade de Coimbra, e Helena Rodrigues, 31, fisioterapeuta, perseguiam a terceira presença olímpica, depois de terem competido em Pequim2008 e Londres2012.
Às 13:57 (horas de Lisboa) Francisca Laia vai tentar conquistar uma das duas vagas em aberto na final de K1 200.
Até ao momento Portugal tem seis canoístas apurados, nomeadamente Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro, David Fernandes, Hélder Silva e Teresa Portela.
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