O ministro da Defesa do Brasil, Raul Jungmann, negou que as autoridades francesas tenham conhecimento de alegado plano para atacar a delegação francesa durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
“Neste momento não existe nenhuma informação oficial”, afirmou o ministro, na sexta-feira, referindo que as autoridades brasileiras estão a colaborar desde há algum tempo com os serviços de informação franceses no planeamento do dispositivo de segurança para os Jogos Olímpicos, que começam a 05 de agosto próximo.
O jornal francês Libération noticiou na quarta-feira que os serviços secretos franceses receberam informações sobre um alegado terrorista brasileiro membro do grupo extremista Estado Islâmico que estaria a planear um atentado contra a delegação francesa no evento desportivo.
Jungmann afirmou que essa informação foi veiculada por um deputado francês que há dois meses “ouviu alguém” falar sobre o assunto.
“Na altura chamámos o adido francês e pedimos informações, mas este disse que não tinha nada de concreto. Depois ativámos o nosso adido militar em Paris, que também não obteve qualquer informação”, disse o ministro.
O governante insistiu que nenhuma das autoridades francesas contactadas pelo Brasil tinha conhecimento sobre o alegado plano terrorista.
No mês passado, os serviços secretos brasileiros manifestaram preocupação pela decisão do Estado Islâmico de difundir informações em português numa aplicação de troca de mensagens por telemóvel.
Para os serviços de informação, que afirmam estar a investigar ligações do grupo no Brasil, a estratégia para difundir mensagens extremistas em português “aumenta a complexidade da tarefa de combate ao terrorismo e torna mais fácil a radicalização de cidadãos brasileiros”.
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