
A nova Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) tomou hoje posse, com o ex-canoísta Emanuel Silva a iniciar funções na presidência com o objetivo de continuar o legado e tornar a entidade “próxima, visível e presente”.
“Sinto-me bastante confiante e confortável. Nós temos uma equipa muito boa e estamos muito preparados para continuar o legado que foi deixado. Motivados, acima de tudo, não fôssemos nós todos atletas de alto rendimento”, expressou.
Em declarações aos jornalistas, Emanuel Silva, de 39 anos, elencou as maiores ambições para o mandato que se inicia, sucedendo na liderança ao triatleta João Silva, que também pertence à direção, depois de substituir Diana Gomes, quando a ex-nadadora se tornou secretária-geral do Comité Olímpico de Portugal (COP).
“As maiores ambições são melhores condições para os atletas, ouvir os atletas, fazer chegar a mensagem dos atletas, seja ela positiva ou menos boa, a quem nos governa e ao COP, havendo uma parceria grande entre os três. Queremos o melhor para Portugal e isso são bons resultados e jovens desportistas realizados”, frisou.
Vice-campeão olímpico em K2 1.000 metros nos Jogos Londres2012, ao lado de Fernando Pimenta – outro dos atletas eleitos para esta comissão -, o bracarense anunciou a sua despedida da alta competição em abril e assume “com imensa honra, profunda emoção e sentido de responsabilidade” a liderança da comissão.
“Vivi os sacrifícios silenciosos, as superações constantes, as dores das derrotas e a magia das vitórias. Lutei por lugares, medalhas e respeito. É com essa bagagem de vida feita de sonhos que me coloco ao serviço, para dar voz a todos nós e elevar o que Portugal tem de mais nobre. Queremos tornar esta CAO ainda mais próxima, visível e presente, em que cada atleta se sinta representado, ouvido e defendido. Vamos revelar a verdadeira essência do atleta português”, salientou, no discurso.
O presidente do COP, Fernando Gomes, realçou a prioridade de uma abordagem centrada no atleta, no qual se enquadra a CAO, destacando a importância de uma entidade “diversa e representativa” que possa auxiliar o COP a ser um exemplo a nível global, ao construir um futuro melhor e originar “mais campeões olímpicos”.
Já o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, apontou três desafios à recém-eleita comissão, assentes na criação de condições para as carreiras duais, num esforço “para conseguir melhorar o nível” dos centros de alto rendimento já neste ciclo olímpico, e ainda num reforço financeiro de 20% já anunciado pelo Governo.
O lançador de peso Francisco Belo, duas vezes olímpico (Tóquio2020 e Paris2024), foi eleito vice-presidente, enquanto o nadador Miguel Nascimento, que esteve nos Jogos da capital francesa, assume o cargo de secretário-geral.
Além de Emanuel Silva, Francisco Belo e Miguel Nascimento, e do ex-presidente João Silva, foram eleitos para a direção da CAO outros cinco desportistas: o canoísta Fernando Pimenta, duas vezes medalhado olímpico (também conquistou o bronze em K1 1.000 metros em Tóquio2020), a judoca Catarina Costa, a atleta Cátia Azevedo, a nadadora Tamila Holub e Rui Bragança, já retirado do taekwondo.
A estas eleições podiam candidatar-se atletas que tivessem participado em, pelo menos, uma das seguintes edições dos Jogos Olímpicos e Jogos Olímpicos de Inverno: Londres2012, Sochi2014, Rio2016, Pyeongchang2018, Tóquio2020, Pequim2022 e Paris2024.
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