Vicente Moura admite que as recentes lesões de alguns dos atletas portugueses mais importantes terá um impacto real nas hipóteses de conquista de medalhas nos próximos Jogos Olímpicos de Londres, que arrancam a 27 de julho.
«Lamentamos bastante que um lote de atletas de alta craveira, por lesão, não possam estar presentes, nomeadamente a Naide Gomes, o Nélson Évora, o Francis Obikwelu e a Vanessa Fernandes. Estes não vão estar presentes, mas vão estar outros que ainda não estão no topo dos rankings mundiais. Podemos ser surpreendidos», afirma, esperançado, o líder do Comité Olímpico de Portugal (COP).
Questionado pelo SAPO Desporto sobre o efeito de "redução na cobrança" dos portugueses por lugares no pódio, Vicente Moura refere que as baixas de vulto também o levam a baixar as expectativas: «É fatal que isso aconteça. É como se a Seleção jogasse sem o Ronaldo. Ele não joga sozinho, mas é preponderante. Aqui é como se nos faltassem vários Ronaldos. As expectativas devem ser mais baixas, mas espero que me engane e que daqui a um mês me digam que não percebo nada disto.»
Relativamente aos preparativos para a missão olímpica, o experiente dirigente do COP salienta estar de «consciência tranquila». «Estamos numa fase difícil, de preparação logística, mas está tudo a correr bem. Estou tranquilo, fizemos o nosso trabalho ao longo de quatro anos. Eu e o COP fizemos tudo para que os atletas pudessem ter as melhores condições possíveis e os apoios financeiros necessários para se prepararem devidamente. Agora deixamos às federações, aos técnicos e aos atletas a responsabilidade de responderem aos nossos anseios», concluiu.
Os Jogos Olímpicos realizam-se este ano em Londres, entre 27 de julho e 12 de agosto.
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