O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) considerou esta quinta-feira “muito positiva” a decisão de manter a proibição de participação dos atletas russos no Rio2016, considerando que desta forma os Jogos Olímpicos serão “uma competição mais limpa”.
“É uma decisão muito positiva, na medida em que contribui para tornar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro uma competição mais limpa”, disse José Manuel Constantino à agência Lusa, em reação ao verdito emitido hoje pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na sequência do escândalo de ‘doping’ na Rússia.
O presidente do COP previu uma reunião muito ‘quente’ da Comissão Executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) no domingo, na qual poderá ser tomada uma decisão final relativamente à suspensão da Rússia do maior evento desportivo mundial, por enquanto, limitada apenas ao atletismo.
“É uma situação de grande complexidade. O ideal seria que não fossem penalizados os atletas que não utilizaram substâncias dopantes, mas, sinceramente, não sei se isso será possível, pois não se trata de um caso isolado”, observou.
Para José Manuel Constantino a eventual ausência da Rússia não enfraquecerá o Rio2016, porque isso tornará o evento brasileiro “mais limpo e quanto mais limpos forem os Jogos Olímpicos, mais fortes serão”.
O TAS anunciou hoje a rejeição do recurso da Federação Russa de Atletismo e de 68 atletas daquele país à suspensão imposta pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), confirmando desta forma a ausência da segunda potência da modalidade - atrás dos Estados Unidos – do Rio2016.
Federação e atletas russos – dos quais 67 tinham também recorrido da decisão de impedir a sua participação como independentes – tentavam contrariar a suspensão da IAAF, motivada pela divulgação de um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem, que revelou a existência de um sistema de dopagem apoiado pelo governo.
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