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Angola foi afastada do Mundial. Dos países lusófonos, apenas o Brasil continua em prova.
Embora reconheça que seja difícil apostar numa carreira longe dos amigos e familiares, a central brasileira Mayara Moura sugeriu às andebolistas angolanas enveredarem no profissionalismo na Europa, por proporcionar outras condições competitivas.
Em entrevista à Angop, em Belgrado, Sérvia, para abordar aspetos a aproveitar da experiência brasileira nos últimos 10 anos, a ex-atleta do Hypo No da Áustria disse que o seu país evoluiu bastante com a entrada para as ligas europeias das compatriotas.
«Ter-se libertado do orgulho nacional no que diz respeito a atuar fora e longe da família mudou o andebol no país. A gente tem agora treinador estrangeiro, europeu, com outra mentalidade, que veio para somar com as jogadoras brasileiras, então isso é muito importante», explicou.
Mayara Moura lamenta apenas que hoje haja liga no Brasil com poucas equipas, tal como em Angola, pois só se pode falar de um ou dois que são mais fortes (como em Angola). «Porque estão sempre a fazer as finais e depois os outros são sempre de médio porte, e com poucos patrocínios», reconheceu.
Ilda Bengue, Justina Praça, Marcelina Kiala, Dionísia Pio, Belina Larissa e Azenaide Carlos já actuaram fora do país e durante o período em que as três primeiras representavam os emblemas europeus as campeãs africanas conseguiram o sétimo lugar no Mundial2007 em França.
Com o afastamento de Angola nos oitavos-de-final do Mundial2013, os países lusófonos estão representados apenas pelo Brasil, que eliminou a Holanda por 29-23, e defronta esta quarta-feira a Hungria nos quartos. Entre as 16 andebolistas escolhidas por Morten Soubak, apenas três atuam no Brasil e as restantes na Europa.
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