O semanário congolês “Le Patriote’’ publicou, numa das suas edições, um artigo de cinco colunas intitulado «Crónica de um reinado sem limite» em que destaca a supremacia angolana no andebol feminino sénior africano.
O jornal justificou a supremacia baseando-se nas vitórias alcançadas pelas equipas angolanas na 35° edição dos campeonatos de África dos clubes campeões da modalidade realizada em Marrakech, nos Marrocos, e que foi encerrada com «uma esmagadora vitória» dos três representantes de Angola em versão feminina que ganharam as três medalhas em disputa.
De acordo com a fonte, a "Pátria de Agostinho Neto" foi autorizada pela Confederação Africana de Andebol a ter três representantes devido às suas performances nesta modalidade.
A respeito, ‘’Le Patriote’’ sublinhou que além do já conhecido Petro Atlético apadrinhado pela empresa petrolífera angolana «Sonangol», participou igualmente o «velho clube do Primeiro de Agosto», conhecedor do campeonato africano.
Destacou também que o Progresso esteve presente pela primeira vez nesta edição, vencendo o Inter-clube do Congo por 33 pontos contra 30 no jogo da disputa do terceiro lugar.
Segundo o jornal, as performances das três equipas angolanas devem-se ao apoio prestado por empresas, libertando as jogadoras de diversas preocupações, dedicando-se à superação cada vez mais.
Para ‘’Le Patriote’’, trata-se de uma política sabiamente estudada e solidamente apoiada pelas empresas e que Angola a abraçou para dominar "eternamente", enquanto os outros países africanos persistem no desenrasque e na confusão.
«Em Angola, é simplesmente o profissionalismo» - sublinhou o semanário congolês que retraçou as grandes linhas da «longa marcha em direção aos topos», recordando que Angola acolheu, pela primeira vez, em 1985, a sexta edição dos Campeonatos de África das Nações de Andebol no intuito de medir com precisão o nível da elite continental da modalidade com vista a definir o trabalho a efetuar para tomar o controlo no futuro.
O jornal recordou que nas meias finais, a seleção angolana enfrentou as Diabos Vermelhos do Congo, três vezes consecutiva vencedoras da competição, e mediram o caminho a percorrer para atingir e mesmo ultrapassar o nível das suas adversárias.
Dois anos mais tarde, indicou, viu-se, numa imagem que percorreu o continente africano, «a bela e sedutora Palmira Barbosa, capitã das Palancas Negras, erguendo mais alto no podium, o prestigioso troféu continental».
«Sabendo que é mais fácil chegar ao topo que manter-se aí, os gestores do andebol angolano vão empenhar-se a construir o sólido» - sublinha ‘’Le Patriote’’.
Este semanário adianta que o Petro-Atlético será o ponto de partida e de apoio, fazendo deste clube «uma sólida e radiante academia, uma armação da equipa nacional» que recorre a «técnicos nacionais, formados, na sua maioria, no exterior e que ensinam o amor ao trabalho, o rigor, a disciplina e a disponibilidade».
Mais adiante, surgiram outras potências, como Primeiro de Agosto, para suscitar mais uma sã rivalidade com vista a manter o andebol num nível mais elevado.
«Hoje o resultado está patente. Na competição, a mais prestigiosa a nível dos clubes, Angola ocupa sozinha os três lugares do podium».
Sem dúvida que se era autorizado a este País apresentar três equipas nacionais para participarem no campeonato de África, não seria espantoso em vê-las ocupar os três primeiros lugares na classificação» - comentou o semanário.
Para a publicação, «Isto quer dizer que nesta precisa hora, Angola matou sem rodeios a rivalidade. Dá, pelo contrário, cursos sem que infelizmente isto possa suscitar o necessário esforço por parte dos seus principais adversários que são a Costa de Marfim, os Camarões, a Tunísia, a Argélia, a Nigéria e o Congo».
Depois de prever que «se trata de uma hegemonia que pode estender-se para muitos anos (...), concluiu, advertindo que «Os sucessos pertencem somente aos que sabem suscitá-los pelo trabalho».
Na sua narração, o jornal não se referiu à coroação continental das equipas de andebol feminino cadete e júnior de Angola nos últimos campeonatos africanos, disputados em Agosto do corrente ano em Oyo, cerca de 500 quilómetros a Norte de Brazzaville, no Congo.
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