O kitesurfista internacional cabo-verdiano Airton Cozzolino, detentor do título de campeão do Mundo da modalidade, promete continuar a trabalhar para defender a bandeira cabo-verdiana, depois de ter passado os últimos anos a representar a Itália.
Considerado pela crítica como “o maior kitesurfistas da actualidade”, sobretudo na disciplina de “wave” (ondas), Cozzolino considerou, em entrevista à Inforpress, que “valeu a pena” ter voltado a envergar as insígnias do país que o viu nascer, e que sentiu uma força de outro mundo a competir perante o seu público.
Isto por entender que, como cabo-verdiano, sente um carisma especial para Ponta Preta, praia onde decorreu o I Circuito da etapa mundial de Kitesurf, que deu a vitória ao conterrâneo Mitú Monteiro, na final “frenética” que ambos disputaram esta quinta-feira, competição que esteve no centro das atenções em todo o mundo.
O atleta, que mostrou estar num dos grandes momentos, técnico e físico da sua alta carreira competitiva, apontou as baterias na luta em defesa do título mundial que ostenta, pois, não obstante toda a sua humildade, mostra-se convicto que vai dar “muita luta” nas próximas etapas deste circuito do mundial.
“Todo o mundo está com olhos em mim porque venci os últimos dois campeonatos do mundo, consecutivos. Sei que, doravante, vai ser tudo mais difícil para mim, mas vou continuar a treinar e muito, sobretudo em Cabo Vede, o melhor lugar no mundo para a prática do desporto aquático e para lutar sempre para defender o meu título para Cabo Verde, família e todo o meu povo”, relatou.
Airton Cozzolino protagonizou momento considerado “hilariante” já que superou toda a concorrência, ao eliminar quatro concorrentes consecutivos em praticamente 90 minutos – o brasileiro Sebastian Ribeiro, o cabo-verdiano naturalizado espanhol, Matchú Lopes (ex-campeão do Mundo), o italiano Frascesco Capuzzo e o australiano James Crew – para qualificar-se na final de Ponta Preta com o experiente Mitú Monteiro.
Desportista de elite, disse que Mitú foi um dos melhores em Ponta Preta e que ambos concretizaram um sonho de há muito de enfrentarem-se numa final mundial e que com tudo isto “só Cabo Verde tem a ganhar” com a sua projecção a nível mundial.
Cumprida a I etapa do Circuito Mundial, reconhecida pela “2019 GKA Kite World Tour Events”, a segunda vai ser disputada de 20 a 25 de Abril em Leucate (França), na disciplina de TBT, ao qual se seguem Dakhla (Marrocos), Sylt (Alemanha), Tarifa (Espanha), Gran Canaria (Espanha), Sotavento (Espanha), Malmo (Suécia), Ilhas Maurícias, Cumbuco (Brasil), Prea (Brasil), Maui (Hawaii) para terminar de 10 a 15 de Dezembro em Torquay (Austrália).
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