Filho de tenistas, foi em Portugal que Stefanos Tsitsipas somou o seu primeiro future, em Oliveira de Azeméis, em 2016. Três anos volvidos, e o grego, agora na maioridade, voltava a terras lusas para um encontro com o destino. A hora e o acontecimento era o ATP 250 nos campos do Clube de Ténis do Estoril.
Derrotado por João Sousa no ano passado, em 2019, Tsitsipas vinha com ambição renovada com vista ao torneio português. O estatuto também era outro: 10.º colocado no ranking ATP e com um torneio embolsado em 2019, no piso duro de Marselha.
Na véspera, após o encontro das meias-finais, o jogador de 20 anos voltou a fazer juras de amor a Portugal, e era claramente o favorito do público. Em claro ascendente, promete vir a ser um dos melhores jogadores da sua geração.
Do outro lado, Pablo Cuevas, 33 anos e número 67.º do ranking e já com seis títulos ATP. Na sua primeira vez no torneio português, o uruguaio realizou um percurso absolutamente apaixonante até à final. De eliminado na fase de qualificação por Salvatore Caruso, acabou repescado, como 'Lucky 'Loser. Por ironia do destino, acabou por chegar à final do torneio, depois de eliminar Filippo Baldi, Frances Tiafoe e Alejandro Fokina.
Num duelo de esquerdas a uma mão, que tinha tudo para ser interessante, o domínio inicial pertenceu quase por completo ao tenista grego.
Com uma bola extremamente pesada, direita chapada e uma esquerda carregada de spin, Tsitsipas dificultou a vida no primeiro set ao uruguaio, que pareceu sentir o peso da responsabilidade. Uma ou outra bolas duvidosas, que acabaram por cair para Tsitsipas, tiveram um efeito indesejado. Retiraram confiança a Cuevas, que praticamente entregou a primeiro set.
Já Tsitsipas estava com pouca paciência para troca de bolas, como muito acontece em terra batida. O tenista de 20 anos sempre que podia optava por pontos curtos, subindo à rede sempre que necessário para fechar rapidamente os pontos. Ao quarto jogo, o helénico aproveitou para fazer o 3-1, segurando o set até final, fechando a primeira partida por 6-3.
Cuevas sentiu o golpe e foi 'quebrado' logo a abrir no segundo parcial. Com vantagem por 4-2, o mais jovem dos dois tirou o pé do acelerador. Se há característica que pode definir Cuevas é a resiliência. O uruguaio nunca dá um ponto por perdido e recuperou o break. Impaciente, o grego começou a cometer demasiados erros, com Cuevas a aproveitar as subidas à rede do adversário para fazer, um ou outro 'passings shots', para recuperar a confiança.
Com os dois jogadores a somarem os seus jogos de serviço, o encontro foi mesmo para 'tie break'. Aqui Cuevas ia jogar a continuidade no torneio.
Com o serviço superior ao oponente, Tsitsipas acabou por se superiorizar, fechando o tie break por 7-4, 7-6 no parcial. O encontro teve a duração de uma hora e quarenta e três minutos.
É o terceiro torneio ATP para Stefanos Tsitsipas depois de Marselha e Estocolmo. Para chegar à final, o helénico derrotou Guido Andreozzi, João Domingues e David Goffin.
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