Em declarações à imprensa, no final de um encontro realizado na última terça-feira, o vice-presidente para o basquetebol do Interclube, António Camulogi, disse que as equipas de Luanda e a associação provincial decidiram, dentro de dias, reunir com os presidentes dos clubes para legitimarem este projecto.
Acrescentou que a comissão, a ser criada, deverá trabalhar igualmente com os membros da FAB e o ministério da juventude e desportos, para se encontrar patrocínios, visando resolver, até Dezembro, a dívida com os árbitros, avaliada em 11 milhões de kwanzas, facto que está a condicionar a realização do “nacional” sénior masculino.
“Os clubes têm atletas nacionais e estrangeiros com os quais têm compromissos salariais, mesmo não estando a jogar, e com entidades patrocinadoras, que ganham vendo as suas imagens expostas em competição. Portanto, não havendo provas, isto afecta também os clubes que correm o risco de perderem os “sponsors”, lamentou.
Por seu turno, o vice-presidente para o basquetebol do Petro de Luanda, Artur Barros, esclareceu que a disputa do provincial não dá direito a prémios de jogo, que é um factor motivacional para os atletas. Acrescentou que uma comissão “ad hoc” facilitará a resolução urgente das irregularidades que se registam na federação e consequente reatamento das actividades.
Entretanto, o porta-voz da Associação Nacional dos Juízes de Basquetebol de Angola (ANJBA), António Camana, indicou que a dívida da federação com os árbitros não afecta a realização do campeonato provincial, a decorrer de oito a 30 deste mês.
“Estamos abertos para negociar e vamos apitar todos os jogos do campeonato provincial, porque quem pagará os árbitros para esta competição são os clubes e não a Associação de Basquetebol de Luanda. Isto é uma prática já recorrente em todos os escalões, com excepção dos iniciados”, referiu.
A dívida da FAB com os árbitros já dura desde 2017.
Comentários