O bicampeão em título Benfica, única equipa que continua a apostar forte na modalidade, parte sábado como indiscutível favorito à conquista da Liga portuguesa de basquetebol, ao quinto cetro em seis anos.
Com o desaparecimento do FC Porto, após a derrota por 3-2 face aos rivais na final dos “play-offs” de 2011/2012 (53-56 no Dragão Caixa, no quinto jogo), os “encarnados” deixaram de ter concorrência forte e dominaram por completo a época passada.
Com 37 triunfos em 40 jogos, incluindo 28 em 30 para a Liga, o conjunto comandado por Carlos Lisboa venceu o campeonato, a Supertaça e ainda a Taça Hugo dos Santos e o Troféu António Pratas, falhando apenas a Taça de Portugal (perdeu final com o Vitória de Guimarães, por expressivos 81-100).
Em relação à época passada, saíram Lace Dunn, Ricky Franklin, Heshimu Evans, Elvis Évora e Miguel Minhava e entraram Jobey Thomas, David Weaver e Mário Fernandes, mantendo-se, entre outros, João “Betinho” Gomes, Carlos Andrade, Seth Doliboa, Cláudio Fonseca, Frederick Gentry e Tomás Barroso.
Quem também continua, agora no papel de “capitão”, é Diogo Carreira, segundo o qual a equipa sofreu alguns “ajustes”, numa “mistura de juventude e experiências”, e continua “muito forte”, arrancando com a “motivação extra” de chegar ao “tri”.
“Mas, com certeza, teremos dificuldades, até porque todos querem ganhar”, disse, ao sítio da Federação Portuguesa de Basquetebol, o base dos “encarnados”, que começaram a época a perder o Troféu António Pratas, mas reagiram e já venceram a Supertaça.
Numa competição que volta a ter 12 equipas – entraram o Maia Basket e a Oliveirense e saiu apenas o Física, por motivos financeiros, enquanto Algés e Galitos do Barreiro mantiveram-se, apesar de terem perdido o direito desportivo, -, nenhuma equipa de perfila como o principal adversário do clube da Luz.
Ainda assim, serão vários os candidatos a tentar encarnar esse papel, nomeadamente a Ovarense, já vencedora do Troféu António Pratas, o Sampaense, “carrasco” do Benfica na competição, ou o CAB Madeira, segundo classificado na época regular de 2012/2013, em esquecer o Vitória de Guimarães, detentor da Taça.
Sem o investimento de antigamente, que valeu cinco títulos nacionais, três dos quais consecutivos (2005/2006 a 2007/2008), a Ovarense, de Carlos Pinto, aposta no “produto nacional”, com José Barbosa, Fernando Neves, Cristóvão Cordeiro, Miguel Miranda, André Pinto e Nuno Morais, mais o espanhol Sergi Brunet.
O Sampaense, de José Calabote, tem como referências os reforços Joel Almeida, Jovonni Shuler, Chris Dowe e Ekjersey Viana, que se juntam a Hélder Carvalho, Diogo Gonçalves e André Calabote.
Quanto ao CAB Madeira, de João Freitas, apresenta-se também com três novos estrangeiros (o ex-benfiquista Ricky Franklin, Aaron Anderson e Jobi Wall) e continua a ter as valiosas contribuições de Jorge Coelho, Fábio Lima ou Jorge Freitas.
De novo sob o comando de Fernando Sá, o Vitória de Guimarães surge “mais” português, com José Silva, Paulo Cunha, João Balseiro, João Guerreiro e Pedro Pinto, ao qual se juntam o norte-americano Tony Meier e o nigeriano Temi Adebayo.
Grande adversário do Benfica a época passada, num duelo perdido em toda a linha (quatro finais), a Académica, de Jacinto Silva, surge, pelo contrário, sem ilusões, face à ”deserção” de quase todas as suas figuras - incluindo Arnette Hallman e Mário Fernandes -, com exceção do internacional luso Fernando Sousa.
O Barcelos, liderado pelo extremo montenegrino Marco Lancovic, e o Lusitânia, com Augusto Sobrinho e três norte-americanos, vão tentar repetir presenças nos “play-offs”.
Destaque ainda para a presença de vários “consagrados” em equipas de menor dimensão, casos de Nuno Marçal, no Maia Basket, António Tavares e Miguel Minhava, no Galitos do Barreiro, ou João Santos, no Algés.
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