A comissão técnica de arbitragem da Federação Angolana de Basquetebol vai criar um grupo restrito de juízes para apitar os jogos da fase decisiva do Campeonato Nacional.
De acordo com Manuel Cristóvão, coordenador da comissão, que reagia às declarações do antigo juiz Soares de Campos segundo as quais a arbitragem angolana está em declínio e que poderá cair no descrédito internacionalmente nos próximos anos, serão selecionados cerca de nove árbitros para os encontros da fase final, para reduzir as probabilidades de erro.
O dirigente, que falava à Angop, explicou que farão parte dos convocados os seis internacionais e mais três ou quatro nacionais, para a etapa da competição que vai definir o campeão.
Manuel Cristóvão reconhece que o nível da arbitragem ainda não é o desejado, mas discorda que a mesma esteja em declínio, salientando que as frequentes nomeações de juízes angolanos para provas internacionais contraria esta afirmação.
“Temos árbitros, tanto que Carlos Júlio vai, este ano, apitar o seu segundo campeonato do mundo. O problema está na passagem de testemunhos, os categorizados não estão a transmitir os seus conhecimentos aos mais novos”, frisou, realçando que há um desnível entre os antigos e os novos.
Disse que outro problema é o facto de os árbitros “queimarem” etapas, ou seja apitam jogos do Campeonato Nacional mesmo pertencendo ao nível provincial.
“Temos que assumir a nossa culpa. Tivemos algumas greves e indisponibilidade de alguns juízes e passamos a nomear os provinciais para os jogos do nacional. A próxima época será diferente, apenas aqueles com carteira nacional e os internacionais estarão habilitados para os encontros do BAI Basket”, acrescentou.
Quanto à responsabilidade na passagem de testemunhos, o coordenador da comissão de arbitragem da FAB informou que os categorizados nunca se mostram disponíveis quando são convidados para reuniões ou supervisionar a prestação dos mais novos.
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