LeBron James voltou a criticar Donald Trump. A estrela dos Cleveland Cavaliers, da NBA, disse a jornalista Cari Champion da ESPN, no programa 'Rolling with the Champion show', que o líder dos EUA não entende as pessoas.
Durante um passeio de táxi, juntamente com Kevin Durant, o basquetebolista de 33 anos falou de racismo nos EUA e não se esqueceu do facto de ter visto a sua mansão de 20 milhões de dólares pintado com a palavra 'nigger' [preto]. O incidente teve lugar a 31 de maio de 2017, um dia depois do primeiro jogo da final da NBA entre os Cleveland Cavaliers e os Golden State Warriors. James promete continuar a sua luta contra as desigualdades sociais e por uma América mais inclusiva.
"Sou um negro com muito dinheiro e uma mansão em Brentwood e tive a palavra 'preto' pintado na porta da minha casa. [...] Temos um longo caminho a percorrer como sociedade, um longo caminho também para os afro-americanos, até sentirmos que há igualdade nos EUA", começou por dizer no vídeo sobre o trabalho que desenvolve pela igualdade nos EUA.
"Não importa o quão longe consigas chegar, haverá sempre pessoas que fazem questão de te lembrar e mostrar que estarás sempre abaixo deles. Com isso, só te resta duas coisas: ceder e aceitar ou...fazer uma porta mais alta e pinta-la", atirou LeBron, ele que é um dos líderes do movimento ´Black Power do século XXI' da NBA.
No vídeo publicado na plataforma multimédia 'Ininterrupted', ele que é um dos cofundadores da plataforma, LeBron James 'carregou' sobre Donald Trump, presidente dos EUA, a quem acusa de não se importar com as pessoas.
"As coisas não estão fáceis. A pessoa que está no trabalho mais desejado dos EUA é alguém que não entende as pessoas. E que se está a marimbar para as pessoas", acusou.
James relembrou que, quando era criança, havia três tipos de pessoas que o inspiravam: os melhores atletas, os grandes músicos e o presidente dos EUA.
"Nunca pensei vir a ser presidente do país, mas sempre procurei inspiração nos líderes da nação. [...] Apesar de não podermos mudar o que sai da boca desse homem [Donald Trump], temos de continuar a alertar as pessoas para seguir-nos, para ouvir-nos, que este não é o melhor caminho [para os EUA]", atirou.
LeBron James é um dos atletas dos EUA que mais tem criticado o estilo de liderança de Donald Trump. Na sequência dos violentos protestos em Charlottesville, Virgínia, em agosto do ano passado, a estrela da NBA referiu-se a Trum como o 'pseudo-presidente' e chamou a atenção para a necessidade de unir o país sem Trump.
Na mesma conversa no programa 'Rolling with the Champion show', James mostrou-se preocupado com as intervenções de Donaldo Trump.
"Não é surpresa alguma o que ele diz. As vezes é de rir, mas é ao mesmo tempo assustador", atirou.
LeBron James é uma das muitas estrelas da NBA que têm criticado a o trabalho de Donald Trump à frente dos EUA. Os treinadores Steve Kerr Warriors, Gregg Popovich dos San Antonio Spurs e Stan Van Gundy dos Detroit Pistons juntaram as suas vozes críticas a de muitos jogadores que tem criticado o presidente dos Estados Unidos da América, entre eles Stephen Curry eKevin Durant, estrelas dos Warriors que se recusaram a ir à Casa Branca, depois de vencerem o título da NBA no ano passado.
Um movimento que se estendeu até a Liga de Futebol Americano e que começou com Colin Kaepernick, atleta desempregado nesta altura. Kaepernick foi um dos primeiros a recusar-se a levantar durante o hino dos EUA (ficava de joelhos) em protesto contra as desigualdades raciais e violência policial contra os afro-americanos.
Muitos jogadores da NFL (National Football League) seguiram o exemplo de Kaepernick, o que levou Donald Trump a chama-los de ‘filhos da p…’ por entender que estavam a desrespeitar a bandeira dos EUA.
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