O selecionador Mário Gomes lembrou hoje que Portugal é, estatisticamente, a melhor das 12 equipas que participam na segunda ronda de pré-qualificação para o Eurobasket2025, e espera manter esse estatuto após o encontro de domingo na Bulgária.
“Não sabemos o que vai acontecer amanhã (domingo), mas há uma coisa que hoje sabemos, por que são factos: nós somos, entre as 12 equipas que estão a competir nesta fase, a melhor equipa. Temos 100% de vitórias, o melhor ataque e a melhor defesa, portanto, se não confiarmos agora, quando é que vamos confiar”, questionou, acrescentado: “Esperamos que amanhã continuemos a ser”.
A formação lusa lidera o Grupo F com 10 pontos, contra nove da Bulgária, com quem vai discutir o triunfo no agrupamento, num embate marcado para as 16:00 (em Lisboa) de domingo, em Botevgrad, onde Portugal pode perder por menos de 10 pontos, já que superou os búlgaros em Coimbra por 88-78.
“Preocupo-me muito mais com aquilo que podemos fazer, de fazer bem as nossas coisas, do que propriamente com a equipa adversária. As finais são para jogar: eles vão jogar as peças deles, nós temos as nossas, e vamos jogá-las. Eu confio totalmente nas nossas peças”, frisou o selecionador português.
Faça à ‘almofada’ de 10 pontos, Portugal não precisa de ganhar, num jogo em que “o objetivo mais importante é conseguir o primeiro lugar do grupo”.
“A maneira como vamos encarar o jogo vai ser igual a qualquer outro, sabendo que, tratando-se de um jogo com características de final, tem sempre um caráter um pouquinho diferente. Mas, em termos de abordagem e preparação do jogo, nada de especial”, explicou Mário Gomes.
Segundo o selecionador luso, Portugal tem “de melhorar em termos ofensivos” em relação ao que fez no Chipre [vitória por 75-66, na quinta-feira]” e de “defender” ao seu “melhor nível, como aconteceu precisamente na receção à Bulgária, em Coimbra”.
“Se conseguirmos isso, vamos concretizar os nossos objetivos. Menos do que isso, será muito mais difícil”, finalizou o treinador português.
Para o experiente base José Barbosa, importante na vitória no Chipre com dois ‘triplos’ na parte final, Portugal está preparado: “É uma final e sentimos que somos uma equipa, apesar do pouco tempo que estamos juntos”.
“Tivemos algumas dificuldades no Chipre, o que é normal, porque há pouco tempo de trabalho, mas soubemos reagir, e isso demonstra o caráter deste grupo de jogadores. E terá de ser esse caráter e o espírito de sacrifício que vamos ter de levar para o jogo com a Bulgária, um jogo muito difícil, na casa deles, um jogo em que é o tudo ou nada para as duas equipas”, avançou.
Segundo o jogador do Benfica, “será determinante parar os contra-ataques” dos búlgaros, “não os deixar motivar, controlando a bola, o número de ‘turnovers’, sabendo quando atacar, quando pausar, jogar a meio-campo”, e apresentar uma “defesa aguerrida, que condicione o jogo” do adversário.
O base Francisco Amarante, do FC Porto, garantiu, por seu lado, que Portugal está preparado: “Temos bons jogadores, uma equipa forte. Sabemos que vai ser complicado, mas sentimos que estamos à altura para vencer. A equipa está confiante e queremos alcançar este objetivo que nos propusemos e para o qual trabalhámos”.
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