A seleção de Cabo Verde de basquetebol inicia domingo em Dakar, Senegal, o estágio de preparação para os jogos de apuramento no Mali e Senegal, sob os auspícios do regressado selecionador Emanuel “Mané” Trovoada, com olhos no Afrobasket’2017.
O presidente da Comissão de Gestão, Augusto “Gugas” Veiga avançou à Inforpress que tem estado a trabalhar numa autêntica corrida contra-relógio para que Cabo Verde possa marcar presença nos dois torneios de apuramento, alegando que se trata de um processo “um bocadinho demorado e que ganhou contorno apenas nos últimos três dias”.
A previsão, adianta Veiga, é que a partir da noite deste domingo a selecção nacional chegue ao Senegal para o estágio orientado pelo novo seleccionador Emanuel Trovoada, que será coadjuvado pelo técnico António “Tó” Tavares. A partida para Bamako (Mali) está prevista para o dia 15, onde de 17 a 19 o combinado nacional participa na primeira eliminatória.
Terminado este primeiro torneio, a selecção de Cabo Verde regressa ao Senegal, para preparar a eliminatória decisiva em Dakar, de 24 a 26 do corrente, competição que ainda irá contar com o concurso da equipa nacional da Guiné Conacri, sendo que os dois primeiros classificados se apuram para a fase final do Afrobasket, que se realiza de 16 a 30 de Agosto, em Brazzaville, Congo.
“Estamos a agilizar tudo, mesmo com algumas dificuldades para garantir, ainda hoje, tudo em relação a uma participação condigna de Cabo Verde nesta eliminatória”, explicou Gugas Veiga. Asseverou ainda que contactos já estão sendo feitos com todos os jogadores seleccionáveis, sendo que todos já se mostram disponíveis.
Revelou, entretanto, que têm estado a enfrentar algumas dificuldades junto de algumas equipas estrangeiras que não se mostram abertos a dispensar os jogadores em menos de 48 horas, com o argumento de que estavam na posse de notícias que davam conta da não participação de Cabo Verde nestas eliminatórias.
De momento, explica, a comissão já tratou de todas as reservas, viagens e de todas as démarches e aguarda pelo depósito da verba do Governo, razão pela qual acredita que “tudo está muito bem encaminhado, ainda que seja um trabalho um bocadinho difícil”.
Gugas lamenta que esta imprecisão de inscrição no Afrobasket’2017 tenha penalizado o país, porquanto caso Cabo Verde tivesse candidatado a tempo e horas, uma das eliminatórias seria disputada em Cabo Verde, o que impedia a equipa nacional de jogar sempre fora de portas e com custos advenientes.
Em relação ao regresso de Emanuel Trovoada, obreiro da conquista da Medalha de Bronze no Afrobasket’2007, Gugas Veiga afirma que o novo seleccionador aceitou o desafio enquanto seleccionador interino para estas eliminatórias para o Afrobasket’2017. Acrescentou que Emanuel Trovoada dá garantias, porquanto juntamente com Tó Tavares, são conhecedores de Cabo Verde e dos jogadores seleccionados, o que, a seu ver, exige uma menor adaptação.
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