O diretor geral da Volta a Espanha, Javier Guillén, exigiou hoje à União Ciclista Internacional (UCI) uma solução para a situação do britânico Chris Froome, vencedor da edição de 2017, durante a qual teve um controlo antidoping positivo.
"É preciso que seja tomada uma decisão e que se encontre uma solução, na sequência de uma investigação que se iniciou e da qual não temos notícias. Queremos saber já quem é o vencedor da Volta a Espanha de 2017", afirmou o responsável da prova.
Froome está a ser investigado por um controlo antidoping positivo após a 18.ª etapa da Vuelta, em 07 de setembro, decorrente de uma análise à urina que acusou a presença do broncodilatador salbutamol em níveis superiores aos permitidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
A defesa de Froome, vencedor da Volta a França em 2013, 2015, 2016 e 2017, alega que o britânico sofreu uma disfunção renal, o que explica o excesso de salbutamol detetado.
Vendido sob os nomes comerciais Ventilan ou Ventolin, o salbutamol é um dos medicamentos mais utilizados no tratamento da asma, sendo um estimulante do aparelho respiratório, com efeitos anabolizantes em doses elevadas, permitindo o aumento da massa muscular e a diminuição da gordura corporal.
A análise de Froome revelou uma concentração de 2.000 nanogramas por mililitro, o dobro do autorizado pela AMA, que permite o recurso ao salbutamol por inalação, sem autorização de uso terapêutico, até 1.600 microgramas num período de 24 horas e não mais do que 800 em 12 horas.
Pouco depois da Vuelta, em 20 de setembro, Froome conquistou a medalha de bronze na prova de contrarrelógio individual dos Mundiais de estrada, em Bergen, na Noruega, deixando o português Nelson Oliveira (Movistar) na quarta posição.
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