A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e a Federação de Ciclismo de Timor-Leste assinaram esta quinta-feira um protocolo de cooperação com o objetivo de desenvolverem a modalidade nos dois países, onde se espera também o intercâmbio de atletas.
No âmbito de um acordo de cooperação entre os estados de Portugal e Timor-Leste, as duas federações assinaram um acordo, no qual ambas farão a divulgação de eventos realizados nos dois países, promovendo também um intercâmbio de atletas e técnicos.
Na fase inicial do projeto, a FPC assumirá um papel mais ativo em Timor-Leste, tendo como principais responsabilidades a implementação de regras da modalidade, a criação de estruturas e a formação dos técnicos e atletas timorenses.
A cerimónia, que decorreu no Museu Nacional do Desporto, contou com a presença dos presidentes das duas federações e dos secretários de Estado do Desporto e Juventude de ambos os países, tendo o governante português, Emídio Guerreiro, se mostrado muito feliz com a celebração do protocolo, que demonstra como se pode "sair do papel para a prática".
"Este é um excelente testemunho de como as coisas podem sair do papel para a prática e espero que rapidamente tenhamos jovens timorenses a pedalar em Portugal e que uma equipa técnica possa estar em Timor para ajudar. Os nossos povos tem muito em comum e tem de ser capazes de recriar no futuro o que o passado nos deixou", afirmou.
Já Leovigildo Hornai, secretário de Estado timorense, destacou o esforço feito na "reabilitação de infraestruturas no país", não esquecendo o papel desportivo, mostrando-se expetante nos eventuais resultados da equipa nacional.
"O desporto é uma ferramenta ótima para desenvolver a sociedade. Timor - Leste faz um grande esforço para desenvolver o desporto a nível nacional através da reabilitação de infraestruturas no país. Esperamos também a consolidação da nossa equipa nacional, através de uma entidade nacional forte", explicou.
De Timor - Leste também marcou presença Ângelo Henriques, presidente da Federação de Ciclismo do país, que se mostrou satisfeito com o acordo, que pode "dar suporte ao máximo para que se possa evoluir", através do apoio de Portugal, país que considera "um irmão mais velho".
"Iremos trabalhar em conjunto para melhorar a Federação de Timor. Este acordo não foi fácil mas com muito esforço de todas as entidades conseguimos. Este será um acordo que nos pode ajudar, dar suporte ao máximo para que se possa evoluir. Pedimos apoio a Portugal porque é um irmão mais velho que não podemos deixar", assinalou.
O presidente da FPC, Delmino Pereira, assumiu que existe "um longo trabalho pela frente", explicando que o protocolo assenta em "três eixos de desenvolvimento".
"[Hoje] é um dia bonito para a nossa história. Temos um longo trabalho pela frente. O protocolo assenta em três eixos de desenvolvimento que são o apoio da preparação das duas seleções, a promoção de eventos internacionais e a formação de técnicos, árbitros e treinadores, que serão bastantes úteis para o desenvolvimento de Timor", concluiu.
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