Philippe Gilbert, da Bélgica, sagrou-se hoje em Valkenburg (Holanda) campeão do mundo de ciclismo, numa prova em que Rui Costa foi 11.º, o melhor resultado de sempre de um ciclista português.
Gilbert, que gastou 6:10.41 horas para os 261 quilómetros do percurso, estava no grupo da frente, com a maioria dos favoritos, quando atacou forte na última de dez subidas do Cauberg, a quatro quilómetros da meta, onde chegou com quatro segundos de vantagem sobre o norueguês Edvald Hagen e cinco sobre um grupo de 27 unidades, liderado pelo espanhol Alejandro Valverde.
O único português nesse grupo foi Rui Costa, que ao ser 11.º consegue o melhor resultado de sempre de um português - Acácio da Silva fora 14.º em 1983.
André Cardoso - que furou na prova - chegou em 30.º, a 17 segundos, Sérgio Paulinho em 71,º, a 2.21 minutos, e Bruno Pires foi um dos desistentes, vítima de queda, numa corrida em que terminaram 121 ciclistas.
Rui Costa fecha em bom plano uma época em já fora 13.º nos Jogos Olímpicos e vencedor da Volta à Suíça, entre outros bons resultados.
«Dei o meu melhor e o resultado foi positivo, mas mal fiz a primeira volta no circuito percebi que não era tão duro como seria previsível, sendo, isso sim, muito rápido. A maior dificuldade era o Cauberg e foi aí que tudo se decidiu», disse no final da corrida de hoje Rui Costa.
O selecionador nacional, José Poeira, estava manifestamente satisfeito com o resultado:
«Acreditava num lugar nos dez primeiros e só não o conseguimos por muito pouco. O Rui Costa esteve com os melhores, o que se pode facilmente comprovar olhando para os corredores que ficaram à frente dele e também para os que ficaram imediatamente atrás.»
«O resultado foi positivo. Caso a corrida se tivesse revelado mais dura, o pelotão que disputou os últimos quilómetros seria mais pequeno, o que beneficiaria a nossa equipa, com poucos elementos disponíveis para a colocação do líder», acrescentou.
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