O ciclista eslovaco Peter Sagan (Tinkoff-Saxo) pôs esta segunda-feira um ponto final à sua longa "travessia no deserto", ao vencer a sexta etapa do Tirreno-Adriático, num dia em que José Mendes (Bora-Argon 18) perdeu tempo.
Um dos talentos do ciclismo mundial, Peter Sagan estava a ganhar o epíteto de eterno segundo, ao acumular segundos postos desde que se sagrou campeão eslovaco de fundo a 29 de junho de 2014, uma tendência que inverteu hoje, em Porto Sant'Elpidio, sob chuva intensa, ao ser o primeiro à frente de Gerald Ciolek (MTN–Qhubeka) e de Jens Debusschere (Lotto Soudal).
"Como assim, nove meses? Tem a certeza?", respondeu o jovem de 25 anos ao canal Rai Sport quando alertado para o número de meses que esteve sem ganhar. Por isso, Sagan confessou estar "muito contente" com a vitória. "Espero que uma nova estrada se abra para mim", concluiu.
O ciclista da Tinkoff-Saxo respondeu ao excelente trabalho da sua equipa, que "eliminou" concorrentes de peso como Mark Cavendish (Etixx-QuickStep) ou Luka Mezgec (Giant-Alpecin) e festejou o triunfo de forma efusiva, visivelmente aliviado por colocar um ponto final na sua "seca" particular, no final dos 210 quilómetros que ligaram Rieti a Porto Sant'Elpidio e que deixaram Nairo Quintana (Movistar) a apenas uma etapa da consagração final.
O colombiano, que chegou integrado no grupo da frente, tem 39 segundos de vantagem sobre o holandês Bauke Mollema (Trek) e 48 sobre o seu compatriota Rigoberto Uran (Etixx-QuickStep).
José Mendes (Bora-Argon 18) foi 89.º na etapa, a 01.42 minutos de Sagan, e ocupa a 35.ª posição da geral, a a 10.47 minutos do homem da Movistar.
Na terça-feira, Quintana tem dez quilómetros de contrarrelógio, em San Benedetto del Tronto, para confirmar a vitória na "Corrida dos Dois Mares".
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