A montanha deverá ter papel decisivo na definição do vencedor da Volta a França em bicicleta de 2015, cujo percurso da 102.ª edição foi hoje apresentado, com poucos quilómetros em contrarrelógio e o regresso das bonificações.
O mítico Alpe D´Huez regressa ao percurso da prova e assume um papel que pode ser decisivo, com a subida a fazer-se na 20.ª e penúltima etapa, um dia antes da consagração do vencedor nos Campos Elísios, em París. Depois desta desgastante etapa, a caravana será transferida por avião para os arredores da capital gaulesa.
À semelhança do que ocorreu em 2009 (Mont Ventoux) e 2013 (Semnoz), a montanha volta a surgir na derradeira fase da prova, que, em 2015, tem arranque marcado para Utrecht, na Holanda, a 04 de julho, e chega a Paris a 26 de julho.
A 102.ª edição da “Grande Boucle”, que contará com sete etapas de montanha, vai marcar ainda mais a perda de importância dos contrarrelógios e vai entrar para a história como a que apresenta menor número de quilómetros desde que a especialidade foi introduzida, em 1947.
O pelotão do Tour2015 vai disputar um total de 42 quilómetros em contrarrelógio, 14 individualmente na primeira etapa, com partida e chegada a Utrecht, e 28 por equipas, na nona etapa, que vai ligar Vannes a Plumelec.
Apesar de os regulamentos preverem que o contrarrelógio por equipas tenha lugar no primeiro terço da prova, a organização pediu à União Ciclista Internacional que este se disputasse oito dias depois do início da corrida, alegando que os 28 quilómetros da etapa não colocarão muitos problemas, mesmo às equipas que possam estar desfalcadas por abandonos e lesões.
Adepto do tempo real efetuado pelos corredores, o diretor da prova, Christian Prudhomme, anunciou a reintrodução dos tempos de bonificação, abolidos desde 2008, como tentativa de animar a luta pela camisola amarela, símbolo de líder da prova. As bonificações, do 10, 6 e 4 segundos para os três primeiros, serão atribuídas entre as segunda e oitava etapas, todas planas.
A estância Pierre-Saint-Martin, situada nos Pirenéus atlânticos, junto à fronteira franco-espanhola, é um dos seis palcos inéditos da próxima edição, juntamente com Utrecht, Zélande, Livarot, Muret e Sèvres.
O italiano Vicenzo Nibali (Astana) foi o vencedor da última edição da prova.
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