A União Ciclista Internacional (UCI) adiou a Volta à Turquia, agendada para abril, devido à sobreposição de datas com outras provas e ao clima de insegurança no país, anunciou na quarta-feira o organismo.
A Volta à Turquia, que se disputa sob a égide do presidente Recep Tayyip Erdogan, constitui a principal prova de ciclismo do país e, recentemente, tem atraído nomes como o britânico Mark Cavendish e o alemão Andre Greipel.
"A edição de 2017 da Volta Presidente da Turquia, inicialmente prevista para abril, foi adiada”, refere a UCI em comunicado, acrescentando que “uma nova data será equacionada na próxima reunião do Conselho Profissional de Ciclismo (PCC), em março”.
A UCI não deu mais detalhes, mas o responsável do ciclismo turco, Erol Kucukbakirci, disse aos órgãos de comunicação social estatais que, no início deste mês, tinha pedido um atraso até outubro devido ao “congestionamento de datas no calendário de ciclismo”.
A Volta à Turquia realizou-se pela primeira vez em 1960 e este ano iria estrear-se no calendário ‘WorldTour’.
Inicialmente prevista para decorrer entre 18 e 23 de abril, a data da Volta à Turquia choca com as principais clássicas da primavera na Bélgica, como a La Fleche Wallonne, em 19 de abril, e Liege-Bastogne-Liege, em 23 de abril.
A somar à sobreposição de datas, acresce o clima de insegurança que se vive na Turquia, em que centenas de pessoas foram mortas em ataques terroristas, e o fracassado golpe de estado em 15 de julho de 2016, que levou a que quase nenhuma das 18 equipas do circuito mundial tenha confirmado a presença no evento.
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