O espanhol Alberto Contador disse, em Fuente Dé, no final da etapa da Volta a Espanha em bicicleta que ganhou e em que arrebatou a camisola vermelha, que «este é um dia que vai ficar na memória de todos».
Contador atacou forte, quando não era esperado que o fizesse, e terminou a etapa isolado, deixando Joaquin Rodriguez, o anterior líder, a quase três minutos, passando a liderar a prova, que termina no domingo, com 1.52 minutos sobre Alejandro Valverde, que também passou "Purito".
«Isto vai ser recordado pelas pessoas, era muito arriscado atacar hoje, tão longe do fim, mas fiz isso, porque no ciclismo quem não arrisca não ganha», disse Contador. «Joguei, talvez não esteja no meu melhor momento, mas tinha muita vontade de ganhar».
O líder da Saxo Bank, onde tem por colegas os portugueses Sérgio Paulinho e Bruno Pires, explica que o ataque foi "instintivo" e que "felizmente correu bem". «É um dia importante na minha vida porque pouca gente apostava em mim. Esta Vuelta é uma grande corrida e hoje isso voltou a ficar demonstrado».
"Purito" Rodríguez mostrou desportivismo na hora da derrota, mas classificou de «desastre» o que lhe aconteceu na etapa e admitiu que ia ter «dificuldade em dormir».
«Parece mentira, mas foi verdade. Vivi situações diferentes naqueles 50 quilómetros. Não sabia se desistia, se esperava... vieram-me muitas coisas à cabeça. Parece mentira, tudo passou a voar, hoje vai custar-me a adormecer», afirmou.
Reconheceu que a etapa foi «espetacular» e que Contador pode fazer aquele tipo de corrida «a qualquer momento». «Saiu de forma inesperada e fez uma etapa espetacular, há que felicitá-lo», acrescentou.
«Estou triste, porque perdi a Vuelta. Alberto (Contador) mostrou que é o mais forte a subir. Hoje, logo de saída, filtrou a prova e fez com a sua equipa uma grande corrida. Nunca pensei que o desastre me ia cair em cima, Alberto é muito forte», finalizou.
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