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André Cardoso, da Garmin, é o único português em prova.
Rigoberto Uran (Omega Pharma-Quickstep) é o novo líder da Volta a Itália em bicicleta, após o colombiano vencer, com largo avanço, a 12.ª etapa, um exigente contrarrelógio de 41,9 quilómetros, entre Barbaresco e Barolo.
O "crono" que apareceu a meio do Giro tinha várias subidas no percurso e Uran foi o que se deu melhor com as dificuldades, cumprindo o traçado em 57.34 minutos, menos 1.17 do que o italiano Diego Ulissi (Lampre) e 1.34 do que o australiano Cadel Evans (BMC), o anterior líder da prova.
Uran sobe a "camisola rosa" e encara as etapas de montanha que se aproximam já com 37 segundos de avanço sobre Evans e 1.52 minutos sobre o polaco Rafa Majka (Tinkoff-Saxo), que manteve o terceiro lugar.
André Cardoso (Garmin), o único português a rolar nas estradas de Itália, esteve bastante modesto na etapa, ao ser o 118.º, a 7.52 minutos de Uran.
Na geral, não desceu muito na classificação - apenas um lugar, caindo para 32.º, a 26.03 minutos. Depois de 10 etapas sempre a subir na geral, após uma primeira tirada muito mal posicionado, por queda, André Cardoso desce um pouco.
Rigoberto Uran, antigo companheiro de Chris Froome na Sky, fez bem o "trabalho de casa" na época de inverno a preparar contrarrelógios, a especialidade em que era menos forte, ele que foi segundo na geral final do último Giro.
"É incrível, estou mesmo surpreendido. Não acreditava que podia ganhar, é um grande dia para mim e para a equipa. Fiz imenso trabalho no inverno, com especialistas, e o quarto lugar na Volta à Romandia já era um bom sinal", disse no final Uran.
Entre os grandes perdedores do dia está o italiano Ivan Basso (Cannondale), já duas vezes vencedor do Giro, que foi 30.º, a mais de quatro minutos, caindo do top-10 para 11.º
Domenico Pozzovivo (AG2R), nono na etapa e quarto na geral, a 2.32, é agora o italiano mais bem classificicado, a 2.32. A menos de três minutos de Uran, só mais um ciclista - o holandês da Belkin Wilco Kelderman, a 2.50.
Na sexta-feira, no início da segunda metade do Giro, a etapa corre-se entre Fossano e Rivarolo Canavese, 157 quilómetros com várias subidas e descidas, não muito pronunciadas. Mais um dia de feição para "sprinters", antes de um fim de semana já "recheado" de montanha.
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