O ciclista Giovanni Visconti mostrou esta quarta-feira que «a mente pode tudo» ao lançar-se num ataque louco que lhe valeu a segunda vitória de etapa na Volta a Itália, num dia negativo para as cores lusas.
A audácia do ciclista da Movistar, que há três dias se tinha coroado no alto do Galibier, levou-o a uma tentativa teoricamente «suicida» a meros 19 quilómetros de meta, situada em Vincenza, que, no entanto, foi bem-sucedida.
«Isto é a prova de que a mente pode tudo. Não tenho palavras para dizer o que estou a sentir. Esta vitória é resultado do trabalho de equipa, confirma o meu regresso ao meu verdadeiro nível», começou por dizer.
Para Visconti, o Galibier ressuscitou-o e permitiu-lhe voltar a ser o Giovanni que é e não «o outro» que não gosta de ser.
O tricampeão italiano sempre quis ganhar «assim», atrevendo-se a escapar-se a um pelotão já organizado para uma chegada ao sprint entre os mais fortes da geral: «Há alguns dias não pensaria em atacar no final e manter a distância com esta obstinação. A cinco quilómetros do final sabia que estava ganho».
Visconti deu o quarto triunfo (o terceiro consecutivo) à Movistar nesta edição, ao cumprir a 17.ª etapa em 5:15.34 horas, 19 segundos antes de um primeiro pelotão, comandado pelo lituano Ramunas Navardauskas (Garmin), segundo à frente do esloveno Luka Mezgec (Argos-Shimano) e do italiano Filippo Pozzato (Lampre), o regional do dia.
Com a etapa entregue e os primeiros lugares da geral iguais, com Vincenzo Nibali (Astana) ainda e sempre de rosa, a 01.26 minutos do australiano Cadel Evans (BMC), foi preciso esperar para ver chegar os primeiros representantes lusos.
Hoje, os quatro chegaram aos pares, com Bruno Pires (Saxo-Tinkoff) e Tiago Machado (RadioShack) a entrarem a 08.09 minutos do vencedor e Nelson Oliveira (RadioShack) e Ricardo Mestre (Euskaltel-Euskadi) a chegarem a 09.33 minutos.
Machado vai partir para o contrarrelógio de 20,6 quilómetros entre Mori e Polsa na 36.ª posição da geral, Pires na 64.ª, Oliveira na 76.ª e Mestre na 143.ª.
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