A primeira etapa da Volta a Portugal em bicicleta teve mais assistências devido a sintomas associados ao calor do que uma tirada normal, disse à agência Lusa Vasco Costa, um dos médicos da organização.
“Houve mais assistências, mais assistências com sintomas associados ao calor do que numa etapa normal”, admitiu.
O médico disse que esta “foi muita etapa com muito calor, talvez a mais quente” das sua sete Voltas a Portugal, o levou a que alguns atletas apresentassem sintomas associados ao calor excessivo.
“Felizmente acabou por até correr bastante bem. De salientar apenas a desistência do Joaquim Silva. Numa avaliação muito fria, porque não temos tempo para fazer uma avaliação mais concisa parece que poderá ter a ver com as condições extremas climatéricas”, referiu.
Sobre o ciclista português da Caja Rural, Vasco Costa admitiu que “é muito provável que se trate de um golpe de calor”.
“Mas fazemos uma avaliação ‘in loco’, não temos a oportunidade de fazer uma avaliação mais concisa, mas pelos sintomas é provável que se trate de uma situação relacionada com a temperatura excessiva”, referiu.
Com os termómetros a ultrapassarem os 40 graus em vários momentos da ligação de Alcácer do Sal a Albufeira, vários ciclistas assumiram que o calor acabou por ser um dos grandes inimigos, como reconheceu o espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto), vencedor da Volta em 2017, que considerou que a etapa “tornou-se muita dura por causa do calor”.
“No gráfico, a etapa não era muito complicada, mas as condições foram severas, com média de 43 graus durante cinco horas e qualquer coisa e o corpo ficou bastante saturado”, admitiu o líder da prova, o português Rafael Reis (Caja Rural).
Para César Martingil, da Liberty Seguros-Carglass, segundo classificado da geral, “o calor foi o maior adversário, não foram os quilómetros nem a velocidade”.
“Estava muito calor. Conseguimos porque somos ciclistas, se fosse outro tipo de desporto, não conseguiam aguentar este calor todo”, afirmou Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista).
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