No dia de descanso da prova, após seis de competição, Nuno Ribeiro e Américo Silva asseguraram à agência Lusa, a manutenção dos objetivos iniciais, apesar do domínio ‘azul e branco’, com Rui Vinhas e o espanhol Gustavo Veloso nos dois primeiros lugares, à frente de Jóni Brandão, o líder da Efapel.
“A expetativa é a mesma que tínhamos quando iniciámos a corrida: conseguir a vitória final”, frisou o diretor desportivo da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, atestando a condição física dos ‘dragões’, que além do camisola amarela e do vencedor de 2014 e 2015 colocam ainda o espanhol Raúl Alarcón e António Carvalho nos 10 primeiros.
A tonalidade predominante da classificação resulta “da época de trabalho cumprida com o objetivo de vencer a Volta”, reiterou Nuno Ribeiro, admitindo estar numa situação privilegiada por estar na frente.
“O Gustavo Veloso é o nosso líder, o número ‘1’, e já mostrou que está a sentir-se bem, enquanto o Rui Vinhas está numa boa situação, mas, para se defender, vai ter de estar bem nas próximas etapas”, explicou.
Apesar da previsível vantagem de Veloso no contrarrelógio final e na véspera da dupla subida à Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, Nuno Ribeiro rejeitou eleger uma etapa decisiva para o desfecho da corrida.
“A de amanhã [quarta-feira] vai ser das mais duras, mas nós temos de estar atentos todos os dias, porque pode perder-se uma Volta em qualquer etapa, mas estamos confiantes”, frisou o técnico dos ‘azuis e brancos’.
Américo Silva também assegurou empenho até ao final pelo objetivo de fazer do vice de 2015 campeão.
“Os meus homens estão todos cansados pelo trabalho realizado, mas satisfeitos por termos lutado pelo nosso objetivo. Estamos convictos de que fizemos tudo para mudar o rumo desta Volta a Portugal e eu sinto que fizemos o que tínhamos a fazer”, sublinhou.
O diretor desportivo da Efapel admitiu endurecer a corrida nas quatro etapas em linha restantes e que antecedem o ‘crono’, para reforçar a candidatura de Jóni Brandão, terceiro classificado, a 3.02 minutos de Vinhas
“Vamos ter de andar na luta até ao ‘crono’, com a consciência de que temos de fazer o nosso trabalho e talvez o dos outros. Julgo que se houvesse outra mentalidade pudesse haver um desfecho diferente, mas vamos estar a lutar e o resultado que obtivermos vai ser o fruto desse trabalho”, rematou.
Nos seis primeiros dias, a camisola amarela mudou três vezes de dono, mantendo-se sempre entre portugueses. Primeiro foi Rafael Reis (W52-FC Porto) a vesti-la no prólogo, depois Daniel Mestre (Efapel) na primeira etapa, em Braga, e desde sexta-feira pertence a Vinhas, graças à fuga bem-sucedida na terceira tirada.
Além da classificação individual e coletiva, a W52-FC Porto domina também nas vitórias de etapas, com os triunfos de Reis e Veloso, no alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, contando-se ainda as celebrações de Daniel Mestre, do italiano Francesco Gavazzi (Androni Giocattoli), do australiano William Clarke (Drapac) e do espanhol Vicente De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé).
O líder da classificação por pontos é Veloso, enquanto o ‘rei’ da montanha é o colombiano Wilson Diaz (Funvic Soul Cycles), o primeiro a passar no emblemático Salto da Pedra Sentada, troço de terra da Lameirinha percorrido regularmente no Rali de Portugal, e no alto da Serra de São Macário, duas estreias no percurso, depois de ter protagonizado uma celebração precoce na chegada a Braga.
A classificação da juventude é liderada pelo espanhol Vitor Etxebarria (Rádio Popular-Boavista).
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