Ricardinho confirmou, este sábado, que vai continuar a jogar em Espanha. Em entrevista ao jornal Correio da Manhã, o internacional português falou sobre a proposta que recebeu do Sporting, admitindo que a situação crítica em Alvalade também pesou na decisão de optar pelo Inter Movistar.
"Depois da UEFA Futsal Cup o presidente honorário foi abordado pelo diretor do Sporting, no dia seguinte o meu antigo agente falou comigo, mas eu disse que não queria especulações. Abordaram o Inter Movistar, que não quis negociar, então avançaram com a cláusula. Foi uma proposta incrível! Fez-me balançar. Tenho filhos, família. Estamos a falar de muito dinheiro, quase cinco vezes mais do que o meu salário. Adoro o meu trabalho, estar no Inter, ganhar pelo Inter. Mas quando és profissional...", começou por dizer.
"O Sporting tem uma estrutura fantástica no futsal, tem demonstrado que quer ser uma potência na Europa, como já é em Portugal. Toda a gente sabe o carinho que tenho pelo Benfica e o meu desejo é regressar ao Benfica. Mas se o Benfica não avança... O Sporting avançou, mostrou interesse e eu tenho de ouvir. Ouvi, balancei, falei com o presidente, a minha família. Houve ameças de morte à minha família, mas não são os adeptos do desporto que o fazem, são doentes. Mas também recebi mensagens de apoio. Foi muito bom para o futsal", afirmou.
Questionado se a instabilidade no clube 'leonino' também influenciou a sua decisão, Ricardinho respondeu: "Também ajudou, obviamente. Quando falei com o Miguel Albuquerque [n.d.r. diretor do futsal do Sporting] falei nessa situação. Queria ver como ficava a situação, pedi um tempo. Já era duro se fosse para o Sporting, sei como seriam as coisas entre rivais. Se assinasse com uma situação assim tão instável, obviamente que iria ficar numa situação ainda pior. Pensei em todas as coisas, não pensei com o coração, porque aí ia para o Benfica."
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