Há um clube que teima, esta temporada, em intrometer-se na habitual luta entre Sporting e Benfica pelo topo da classificação do campeonato de futsal, superando-se a cada ronda.
Depois de oito jornadas, o clube beirão ainda não perdeu qualquer partida e só um empate mancha um registo quase imaculado. Quando olha para cima só vê o Sporting, pois todas as restantes formações, incluindo o Benfica, seguem abaixo na tabela.
O treinador Joel Rocha, em entrevista ao SAPO Desporto, rejeita o habitual rótulo de surpresa, preferindo centrar o sucesso no trabalho que o seu grupo de trabalho está a desenvolver.
«Rótulos são para as garrafas. Nós acreditamos muito naquilo que fazemos. Temos demonstrado que o fazemos bem e queremos continuar assim. Não é por esta boa fase que nos vamos distrair, antes pelo contrário», disse de forma afoita.
A verdade é que estes 22 pontos já somados, a que correspondem sete vitórias e um empate, falam por si, superando qualquer registo da história do Fundão na primeira volta da prova. E ainda falta cinco encontros onde poderá elevar a fasquia.
«Gostamos de ver que temos 22 pontos e, até ao momento, é o máximo da história do clube em pontos na primeira volta. Nunca tínhamos conseguido mais do que 21 pontos na primeira volta em sete anos de primeira divisão», explica o técnico.
E se só o Sporting é nesta altura melhor que o Fundão, isso até acaba por funcionar como forma de motivação para dentro do balneário, como nos confessou o técnico.
«Se o Sporting tem sido tão fantástico, tão brilhante, o Fundão está só a dois pontinhos desse fantástico e brilhante Sporting. É para nós um motivo de satisfação. Só o Sporting faz melhor que nós», afirmou o treinador.
E será contra estes “grandes” do futsal que, nas próximas jornadas (11ª Benfica, e 13ª Sporting) o Fundão terá de medir forças e provar o nível que tem exibido até aqui.
Joel Rocha diz apenas perder financeiramente para essas duas formações, e quer dentro de campo provar que as armas que tem apresentado até aqui são suficientes para continuar intrometer-se numa luta que parece ser, aos poucos, cada vez mais a sua.
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