O Unidos Pinheirense, da I Liga de futsal portuguesa, rescindiu contrato com quatro dos cinco brasileiros do plantel para conseguir manter-se em prova até ao final da época, disse hoje à Lusa o presidente do clube.
Segundo Marco Vigário, nos últimos dias foi equacionada a desistência da competição devido "à falta de apoios prometidos", a que se juntou a vontade "de alguns colegas da direção de deixar de meter dinheiro".
"É um problema com anos, que se tem acumulado, promessas verbais de apoio que não foram cumpridas, de instituições e pessoas importantes do concelho e têm sido quatro diretores, eu incluído, que têm aguentado isto", explicou o dirigente do clube de Gondomar.
Na quarta época, três delas consecutivas, no principal escalão do futsal português, o Unidos Pinheirense ocupa atualmente o 13.º e penúltimo lugar da classificação, com quatro pontos.
"Quatro dos brasileiros vão embora, só ficará um, o Bruninho. E dessa forma vamos tentar reduzir os custos e aguentar", acrescentou Marco Vigário, firme na intenção de "disputar a prova até ao fim".
Também para combater a ausência de meios financeiros num clube com mais 11 equipas nos escalões de formação, o Unidos Pinheirense contou pontualmente com a colaboração do Sporting de Braga/AAUM, que "aceitou trocar o jogo da próxima jornada", passando-o de Valbom, no domingo, para Braga, na quarta-feira.
"Cada jogo em casa fica por 850 euros, sendo 500 euros para policiamento e 350 euros de taxa de jogo", disse o dirigente, para explicar o pedido de mudança da ordem dos jogos, procurando, assim, "ganhar tempo para conseguir mais verbas".
Garantindo "não haver salários em atraso" no clube, Marco Vigário quer "cumprir o compromisso assumido com a Federação Portuguesa de Futebol" e, se não for com mais ninguém, promete "jogar com os juniores para tentar chegar ao final da época".
"Em Gondomar é impossível ter equipas a competir nos principais campeonatos", concluiu.
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