O irlandês Padraig Harrington considerou este domingo muito importante a vitória conseguida na 10.ª edição do Portugal Masters em golfe, disputado no Oceânico Victória, em Vilamoura, sobretudo por ter sido a primeira da época.
“Ainda não tinha vencido este ano, sei que a época está a chegar ao fim e é sempre importante vencer todos os anos. Foi uma grande vitória, venho aqui há 10 anos, gosto muito. Havia aqui muitos irlandeses, quase me senti a jogar em casa”, disse o jogador, que arrecadou um prémio de 333.330 euros.
Harrington, que ocupa agora a 43.ª posição na Corrida para o Dubai (o ‘ranking’ do circuito europeu), admitiu que o ‘birdie’ conseguido no buraco 11 foi decisivo para o primeiro triunfo da época, garantindo que jogou "bastante relaxado" durante toda a semana.
“Há sempre um ponto de viragem na volta. Estava a jogar bem, mas o ‘shot’ para ‘birdie’ no 11 mostrou-me que ia ser um dia bom”, afirmou o golfista irlandês, que terminou com um agregado de 261 pancadas, 23 abaixo do Par.
Harrington igualou o recorde da prova portuguesa (261), conseguido no ano passado pelo inglês Andy Sullivan, vencedor em 2015, que concluiu na segunda posição, com 262 pancadas.
O irlandês, que em 2007 e 2008 venceu o British Open, explicou que vai jogar mais três torneios até final da temporada, não sabendo ainda “se serão no circuito europeu ou norte-americano”.
Harrington, de 45 anos, partiu para a volta decisiva isolado na terceira posição, com 196 ‘shots’, mais um que o duo formado pelo dinamarquês Anders Hansen e o finlandês Mikko Korhonen, e menos um que um trio no qual seguia o vencedor de 2015, o inglês Andy Sullivan.
Na quarta volta, a pancada de vantagem conseguida nos dias anteriores mostrou-se decisiva para o triunfo de Harrington, que hoje marcou 65 ‘shots’ (-6 par), tal como Sullivan, que recentemente integrou a seleção europeia que perdeu a Ryder Cup para os Estados Unidos.
O dinamarquês Anders Hansen e o finlandês Mikko Korhonen, que partiram para a volta decisiva da prova - sempre “poupada” pela chuva - na condição de líderes, marcaram hoje 68 pancadas e terminaram empatados na terceira posição.
O português Ricardo Melo Gouveia conseguiu a sua melhor prestação de sempre na prova lusa, ao terminar no grupo dos classificados na 22.ª posição, com um agregado de 269 pancadas (-15 Par), arrecadando 20.800 euros.
A melhor prestação lusa no Portugal Masters continua a ser o 16.º lugar conseguido por Ricardo Santos na edição de 2012.
A prova contou com a presença de oito golfistas portugueses – seis profissionais e dois amadores -, mas apenas Ricardo Melo Gouveia passou o ‘cut’, conseguindo no final o segundo melhor resultado da época, depois do oitavo posto alcançado em agosto no Open da Dinamarca .
O Portugal Masters tem já assegurada presença no calendário do principal circuito europeu de golfe para 2017, devendo realizar-se em setembro e não em outubro, como tem sido habitual.
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