Os dois profissionais contabilizaram um total de 138 pancadas, quatro abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, e passaram no limite o ‘cut’, que deixou de fora da prova portuguesa do DP World Tour os restantes seis representantes nacionais.
“É o mais importante [passar o ‘cut]. É a única coisa que retiro de melhor de hoje, porque foi um dia muito mau. Falhei muitas saídas. O ‘drive’ é o que me tem deixado mais ansioso e, quando cheguei ao buraco 17, onde precisava de fazer Par, assim como no 18 para estar bem dentro do ‘cut’, acabei por falhar a saída para a direita, para o único sítio em que não podia falhar. Isso deixou-me um bocadinho mais ansioso, mas consegui fazer um bom Par no 18 e estar no fim de semana, que era o principal objetivo”, confessou Bessa.
O jogador do Alps Tour, que chegou ao buraco 16 com cinco pancadas abaixo do Par do campo, conseguiu controlar assim os nervos nos últimos buracos e assegurar, pela segunda vez na carreira, a passagem às últimas duas voltas do torneio, dotado de dois milhões de euros em prémios monetários.
“Entrei neste torneio a querer fazer melhor que em 2020, quando passei o ‘cut’. Claro que não estou a jogar por uma categoria para 2023, como é o caso do Ricardo Melo Gouveia e do Ricardo Santos, mas há sempre maior pressão neste torneio e é óbvio que quero jogar bem e dar o meu melhor”, acrescentou Tomás Bessa, reconhecendo ainda estar a ser “uma boa preparação para a segunda fase da Escola de Qualificação na próxima semana”.
Ao contrário do profissional natural de Paredes, Ricardo Santos, jogador do DP World Tour, mostrou-se “bastante satisfeito” com o nível de jogo apresentado hoje, pelo que considerou que teria sido “uma grande injustiça se não passasse o corte.”
“Aliás, sinto que joguei melhor do que ontem [quinta-feira] do ‘tee’ ao ‘green’. Os ‘putts’ não entraram novamente nos segundos nove buracos, mas, de qualquer maneira, estou bastante satisfeito com a forma como joguei e como consegui gerir todo esse processo até ao último buraco. E felizmente meti o último ‘putt’ [de cerca de sete metros]”, sublinhou, após o ‘birdie’ no buraco 18.
Assim como o compatriota, o algarvio, que figura no 160.º lugar no ‘ranking’ do Circuito Europeu e precisaria de fechar o Portugal Masters nos lugares cimeiros para tentar lutar pela manutenção no DP World Tour em 2023, reconhece já estar a pensar da Escola de Qualificação, uma segunda alternativa para tentar conquistar o cartão para a próxima temporada.
“Isto dá mais confiança e motivação para o que aí vem, que será a Escola de Qualificação, e vou dar o meu melhor no fim de semana para subir o mais possível na classificação”, avançou Santos, de 40 anos.
Ricardo Melo Gouveia, o melhor português ao final da primeira volta e, que tal como o algarvio, jogava a permanência no Circuito Europeu em Vilamoura, falhou o ‘cut’, após uma segunda ronda pouco feliz para um total de 140 pancadas (66+74), duas abaixo do Par.
“Senti logo que não entrei bem no jogo, não estava tão bem do ‘tee’ e foi a luta de hoje. Não consegui meter a bola tantas vezes no ‘fairway’ e os ‘putts’ também não entraram. É pena. Agora é preparar-me o mais possível para a Escola de Qualificação e tentar recuperar o cartão dessa forma. Senão, consigo, na mesma, uma categoria para o próximo ano, jogarei com essa categoria e tentarei assim recuperar o cartão completo”, explicou Melo Gouveia.
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