O FC Porto confirmou hoje o protesto do jogo com o Benfica, da penúltima jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, e reclama a sua repetição devido a «três graves erros técnicos de arbitragem».
Em documento enviado ao Conselho de Disciplina e Comissão Técnica da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), a que a agência Lusa teve acesso, os “dragões” expõem como argumentos três situações com «possível influência no resultado» final.
O Benfica-FC Porto, jogado no sábado, terminou empatado (5-5), desfecho que permitiu ao Benfica manter a liderança na classificação, somando mais um ponto que os rivais, a uma ronda do fim da prova.
O FC Porto descreve, na confirmação do protesto, «erros técnicos graves» dos árbitros Rui Torres e Paulo Rainha durante e após a marcação de uma grande penalidade a favor dos portistas, a menos de três minutos do final.
Os portistas referem que o árbitro Rui Torres interrompeu a marcação do penálti no momento em que Reinaldo Ventura se preparava para rematar, ao que se seguiu, alegam, a decisão de o repetir, ordenada por Paulo Rainha, o outro juiz do encontro.
A repetição acabou por não acontecer: «Inexplicavelmente, o referido árbitro 2 (Paulo Rainha), após conferenciar com o árbitro 1 (Rui Torres), decidiu alterar a sua decisão, não permitindo a repetição da execução do penálti que ele próprio havia ordenado segundos antes».
O FC Porto refere outro «erro técnico» quando sustenta que a contagem de tempo, interrompida aos 47.13 minutos para a marcação do penálti, se deveria ter mantido suspensa aquando do que alegam ser um sinal de repetição da grande penalidade.
Segundo o FC Porto, tal não aconteceu, pois o cronómetro «permaneceu indevidamente em modo de contagem de tempo de jogo durante 42 segundos, conforme se pode constatar pelas imagens televisivas relativas à transmissão do jogo efetuada pela Benfica TV».
Tal situação deu origem a que «o jogo se tivesse reiniciado, efetivamente, aos 47.55 minutos, após ter sido interrompido, como já referido, aos 47.13, ou seja, 42 segundos antes».
«É inegável que (…) a amputação de 42 segundos ao tempo total de jogo provocou um grave prejuízo (…), uma vez que o jogo se encontrava empatado e faltavam cerca de três minutos para o seu final», refere o documento.
Segundo os “dragões”, o “capitão” Reinaldo Ventura deu conhecimento do sucedido à equipa de arbitragem, «que se devia ter dirigido à mesa oficial de jogo» e aí «proceder à correção do tempo que faltava disputar».
Alegando que o mesmo não aconteceu, os portistas consideram a situação descrita como «um inegável e grave segundo erro técnico», uma vez que «os árbitros principais não cumpriram aquilo que se encontra estipulado nas regras de jogo».
O terceiro «erro técnico grave de arbitragem» aconteceu, conforme descrito, quando Reinaldo Ventura manifestou aos árbitros, «em tom de voz perfeitamente normal, a intenção de formular protesto técnico no boletim de jogo», sendo «surpreendido com a amostragem de um cartão azul».
A atitude de Reinaldo Ventura «não se enquadra, de modo algum, na definição de faltas graves», as que dão origem à referida punição.
E, por isso, os árbitros «cometeram um terceiro grave erro técnico de arbitragem, também ele com provável influência no resultado do jogo, já que a equipa se viu privada, durante dois minutos, do concurso de um seu jogador em fase crucial do jogo».
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