O presidente da Federação de Ginástica de Portugal (FGP), Luís Arrais, considerou que o ano de 2024 foi "histórico" para a modalidade, com vários recordes alcançados, fechando com sucesso um ciclo iniciado em 2021.

"A nossa família nunca foi tão grande. Nunca fomos tantos, tão unidos e tão fortes. Em 2024 batemos todos os recordes. Crescemos em número de filiados, em todas as disciplinas. A nossa comunidade está mais diversa e inclusiva", assinalou, em comunicado, Luís Arrais.

No que toca ao número de filiados, desde a pandemia de covid-19 que o crescimento tem sido significativo, com a época passada a registar um total de 24.107 ginastas, 833 treinadores, 401 juízes, 335 dirigentes e 266 clubes filiados.

"Mas o crescimento não estancou e, prova disso, são os 28.421 filiados que [a modalidade] tem atualmente", lê-se no documento.

Segundo a federação, nos grandes eventos mundiais, as seleções séniores demonstraram estar "fortes e à altura de enormes desafios", começando pelos Jogos Olímpicos Paris2024 nos quais Portugal fez história.

Com apenas 18 anos, Gabriel Albuquerque conquistou um 5.º lugar em trampolim individual, enquanto Filipa Martins alcançou o melhor resultado de sempre na ginástica artística feminina com um 20.º lugar no 'all-around'.

A juntar a estes resultados, a federação apontou ainda os títulos de campeões da Europa de Pedro Ferreira em trampolim individual e de Tiago Sampaio Romão em duplo minitrampolim, assim o título de campeões do Mundo de Gonçalo Parreira e Miguel Lopes na categoria de pares masculinos de ginástica acrobática.

"Mantendo o foco nos grandes palcos, mas na sua organização, em 2024 Portugal continuou a ser referência na organização de eventos internacionais tendo sido um dos países do mundo com competições de maior destaque", refere o documento.

Às habituais Taça do Mundo de acrobática (Maia), aeróbica (Cantanhede), trampolins (Coimbra) e rítmica (Portimão) a federação juntou ainda uma Taça do Mundo de parkour (Coimbra), o campeonato da Europa de trampolins (Guimarães) e o campeonato do Mundo de acrobática (Guimarães).

"O ano de 2024 foi também fantástico no que respeita à organização de eventos internacionais. Reiteramos a confiança da European Gymnastics e da Federação Internacional de Ginástica nas nossas organizações, nos nossos eventos, na nossa capacidade e competência em organizar eventos com sucesso", anotou Teresa Loureiro, vice-presidente da FGP.

A FGP destaca ainda a vertente financeira, considerando que "na maior parte das vezes, a verdadeira ginástica está numa gestão financeira que tem de ser sólida e eficiente" e lembrando que de acordo com o Relatório de Contas de 2024, o Fundo Patrimonial "atingiu uns históricos 1.056.670 euros".

O crescimento rondou os 24% nas receitas, a rentabilidade económica subiu para os 7,4% e registou-se um aumento de 36,5% do resultado líquido. As despesas fixas atingiram o menor rácio de sempre (22,2%) e as receitas próprias quase duplicaram (68,8%) o que permitiu um investimento nas disciplinas na ordem dos 38,4%.

"De olhos postos no futuro, as seleções territoriais foram 'reforçadas' com investimento no valor de 246.375 euros e foram realizados 14 cursos de treinadores, oito cursos de juízes, 53 ações de formação, cinco cursos especializados, oito cursos de desporto escolar e um congresso internacional", acrescentou a federação.

Por seu turno, o vice-presidente João Chú frisou que o ciclo de 2021-2024 foi "simplesmente histórico", graças a uma "gestão rigorosa e estratégica, que fortaleceu a autonomia da federação e que projetou a ginástica portuguesa para patamares nunca alcançados".