Este artigo tem mais de 11 anos
O líder da seleção portuguesa congratula-se pelo momento positivo e pelo maior leque de escolhas.
O “capitão” português Pedro Cordeiro reuniu uma seleção heterogénea para defrontar o Benim na Taça Davis, aproveitando um leque de escolhas superior proporcionado pelo bom momento que o ténis luso atravessa.
Pedro Cordeiro selecionou o número um português, João Sousa, o regressado de lesão, Rui Machado, o novato André Gaspar Murta e o homem da casa, Pedro Sousa, tendo em conta três fatores: o momento de forma, a particularidade de onde se joga a eliminatória (o CIF, em Lisboa) e as necessidades da equipa.
O capitão luso dá «graças a Deus» por ter ao seu dispor «um leque maior de escolhas»: «Obriga-me a estar mais atento ao que se passa com os nossos atletas do que antigamente em que, até para fazer uma equipa, poderíamos ter alguma dificuldade. É um fator que demonstra que o ténis português tem evoluído bastante», salientou em entrevista à agência Lusa.
O bom momento da modalidade em Portugal deve-se, segundo o selecionador, ao maior número de praticantes e à maior aposta numa carreira profissional por parte dos jovens que começam a aparecer.
A nova realidade faz, inclusive, sonhar com a presença de múltiplos portugueses entre os 100 melhores do “ranking” mundial.
«Aliás, isso já aconteceu. Penso que o [Frederico] Gil e o Rui [Machado] já estiveram [nos 100 primeiros na mesma altura]. O João Sousa neste momento está. Provavelmente, se o Rui não tivesse tido a lesão e se o Gil não tivesse tido uma temporada um bocadinho anormal, talvez neste momento tivéssemos três elementos dentro dos 100 primeiros. Temos o Gastão que está à porta, temos o Pedro Sousa, que vai a caminho. Acredito sinceramente que brevemente podemos ter mais atletas no top 100», apontou.
Cordeiro não descarta a possibilidade de ter alguma responsabilidade na evolução do ténis português – «eu acho que contribuo sempre com alguma coisa, pela experiência que tenho, porque também treinei alguns atletas» -, mas atribui o mérito aos tenistas lusos e aos seus treinadores.
Com o Benim como adversário da primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis, o “capitão” assumiu que o objetivo de Portugal para esta temporada é regressar ao Grupo I, do qual foi despromovido em 2012.
«Sabemos que é difícil, que são três eliminatórias difíceis, mas vamos pensando uma a uma. Neste momento a nossa concentração é só no Benim», disse, reconhecendo, contudo, que já “espreitou” o possível adversário da próxima fase.
Lituânia ou Chipre poderão ser os rivais da seleção portuguesa numa eliminatória que será, à partida, mais complicada.
«Conhecemos os jogadores de ambos os países, vai ser uma eliminatória difícil, seja com qual deles for, com uma diferença: se for com a Lituânia jogamos em casa e se for com o Chipre temos de lá ir. Há sempre o fator casa que é importante», esclareceu.
Por ser importante, Pedro Cordeiro deixou um apelo ao público, que terá entrada gratuita em todos os jogos que se realizam entre sexta-feira e domingo, para encher as bancadas do CIF, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa.
Comentários