O tenista sérvio Novak Djokovic, número um mundial, disse ser contra a ideia de ter que se vacinar para um eventual regresso à competição e considerou que as viagens serão “o principal desafio” para os jogadores.
“Temos que viajar e penso que esse é o desafio número um. (...) A viagem será o principal entrave”, considerou Djokovic, em referência à retoma do ténis, num momento em que as competições estão suspensas devido à pandemia da COVID-19.
O tenista explicou o seu ponto de vista numa conversa com outros desportistas sérvios, na sua página oficial no Facebook, revelando que se opõe à vacinação.
“Pessoalmente, sou contra a vacinação e não quero ser obrigado por alguém a vacinar-me para que possa viajar”, disse o tenista, admitindo que terá que pensar se for essa a condição para voltar a competir.
A posição de Djokovic, presidente do conselho de jogadores do circuito da ATP, contrasta com a da antiga tenista francesa Amélie Mauresmo, que afirmou em março que os torneios não podem recomeçar sem a existência de uma vacina.
“Circuito internacional é igual a jogadores de todas as nacionalidades, mais treinadores, espetadores e pessoas dos quatro cantos do mundo, que proporcionam estes torneios. Sem vacina não há ténis”, escreveu Mauresmo na rede social Twitter.
O sérvio lembrou que ainda não existe uma vacina para a COVID-19 e considerou que a competição “não deve regressar antes de setembro ou outubro”, embora, oficialmente, esteja suspensa, para já, até meados de julho.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 164 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 525 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 714 pessoas das 20.206 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*artigo atualizado às 11h04 com mais informações
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