Campeão em 2018, o único tenista português a vencer o Estoril Open recebeu, este ano, um ‘wild card’ para o quadro principal da prova, tal como o compatriota Nuno Borges, e confessa estar ansioso por voltar a jogar “um torneio muito especial.”

“O Estoril Open é o torneio que mais gosto de jogar, jogo em casa, tenho o apoio do público e, portanto, é sempre especial para mim poder participar. A ansiedade está em crescendo e obviamente as expectativas são altas para fazer um bom torneio. E porque não vencer o torneio?”, questionou, em declarações à agência Lusa.

Depois do triunfo na final de há quatro anos, frente ao norte-americano Frances Tiafoe, o minhoto, número 85 do ‘ranking’ ATP, viveu uma fase complicada na carreira, somando derrotas e lesões, primeiro uma fratura de esforço no pé esquerdo e depois uma tendinite no braço direito, e ao fim de quase oito anos saiu do ‘top-100’ mundial.

Esta temporada, contudo, João Sousa começou a recuperar o ritmo de jogo e a confiança, a vencer alguns encontros e, em fevereiro, conquistou o seu quarto título ATP, em Pune, na Índia, que juntou aos troféus do Estoril (2018), Valência (2015) e Kuala Lumpur (2013).

“Sou consciente de que tenho capacidades para isso. Sei também que é muito difícil fazê-lo [ganhar Estoril Open], mas estou confiante de que posso jogar a um bom nível. E, se jogar a um nível alto, vou ter as minhas oportunidades certamente”, acrescentou.

O vimaranense, de 33 anos, treinou pela primeira vez no Clube de Ténis do Estoril na sexta-feira, “nos ‘courts’ cobertos, porque o tempo não permitiu treinar nos ‘courts’ de jogo”, mas defende que “as condições são iguais para todos” e o mais importante é “preparar da melhor maneira o torneio”, que reconhece ter um “lote de jogadores muito forte.”

“É um torneio com características muito boas. Muitos jogadores gostam de jogar o Estoril Open e todos os anos temos edições fortes. Acredito que a edição mais forte que o Estoril Open teve foi em 2018, no entanto este ano não é exceção. É mais uma vez um quadro com jogadores muito bons”, frisa, sobre o ‘field’ recheado com quatro jogadores do ‘top-20’ mundial, entre outros jovens valores e antigos campeões.

João Sousa considera que o regresso do público ao evento, que em 2021 decorreu à porta fechada, “são ótimas notícias, principalmente para os jogadores portugueses”, que vão jogar o quadro principal e a fase de qualificação, como é o caso de Gastão Elias, Pedro Sousa, Tiago Cação e Pedro Araújo.

“O carinho e o apoio que se sente no encontro é sempre bom e pode fazer a diferença”, explicou o número um nacional, à frente do maiato Nuno Borges, número dois português e 131.º mundial, que regressa ao Estoril após ter atingido a segunda ronda, em 2021, depois de passar pela fase de qualificação.