É uma questão que ficou no ar depois de Rafael Nadal ter igualado o registo de Federer. Quem será o melhor de todos os tempos? Entre analistas e fãs trocam-se argumentos, num debate com fim impossível. O mesmo se passa com a rivalidade entre Federer e Nadal. É a maior de sempre deste desporto?
Há quem prefira eleger os duelos entre Nadal e Djokovic. De facto, não é mentira nenhuma inferir que se trata da maior da última década. Contudo, não conta com os mesmos ingredientes, mesmo que a longevidade dos duelos entre o sérvio e o espanhol supere a de Nadal e Federer (Já leva 14 anos e promete não ficar por aqui, até pela idade dos dois atletas), Djokovic tem 33 anos e Nadal 34 anos, Federer tem 39 anos. Foi em 2004, há 16 anos, no Masters de Miami que Federer e Nadal mediram forças pela primeira vez, num encontro em que o espanhol acabou por triunfar por duplo 6-3. Apesar de Nadal e Djokovic se terem defrontado em mais ocasiões (56 contra 40), existem uma série de elementos que distanciam esses duelos do suíço com o espanhol.
"A rivalidade entre Djokovic e Nadal nunca vai conseguir capturar o imaginário do público em geral como a de Federer com o Nadal"
Miguel Seabra é jornalista de ténis desde 1990 e comentador da Eurosport desde 2003. Testemunha de várias rivalidades no ténis, o analista tem uma visão particular sobre o duelo peculiar entre estes dois titãs dos courts. "As rivalidades ficam mais realçadas se os estilos forem muito contrastantes. A maior rivalidade da Era Open -, é já a de Nadal com Djokovic porque jogaram mais vezes (56 vezes). No entanto, essa rivalidade nunca conseguiu capturar o imaginário do público em geral como o Federer com o Nadal, que teve como auge aquela final do Wimbledon que tem um enorme paralelismo com a final entre o Borg e o McEnroe em 1980, que para mim é a melhor final de todos os tempos. "Eles eram antítese, um era esquerdino, outro era dextro", começou por nos dizer Miguel Seabra, salientando que "o desporto entra numa nova dimensão com as rivalidades".
"Temos o Sporting-Benfica, o FC Porto - Benfica e isso falando num desporto individual ainda conta mais. A do Muhammad Ali contra o George Foreman, a do Carlos Lopes com o Fernando Mamede. O Borg era um sujeito glacial que jogava no fundo do court e o McEnroe era temperamental, era canhoto e vinha para a rede. O Federer sendo naturalmente mais atacante era mais fleumático e o Nadal era mais explosivo e latino. Esse contraste de personalidades, um sendo esquerdino e batendo mais com 'top-spin' e o outro sendo mais elegante também capturou o imaginário dos aficionados, até porque eles jogaram muitas finais consecutivas. Também houve uma fase em que o Nadal se tornou uma ‘besta negra’ do Federer e lhe começou a ganhar também em hard-court. O facto do Federer perder tantas vezes com o Nadal em terra batida quando o defrontava em outros pisos, não tinha a mesma confiança. Mas nos últimos anos o Federer até ganhou ascendente sobre o Nadal", analisa.
A chapa 20 de Nadal em Grand Slams
"É uma honra partilhar este recorde com ele. Espero que o Roger regresse rapidamente para voltarmos a ter duelos emocionantes os dois juntos". A 11 de outubro de 2020, voltava-se a fazer história no ténis. Rafael Nadal vencia o seu 13.º Roland Garros frente a Novak Djokovic (um dos elementos dos chamados Big-3, o trio que tem reinado no ténis no Mundial há mais de uma década).
O desabafo do espanhol, mesmo num momento de particular glória, invocava os momentos especiais em que partilhou o court com o 'rival e amigo' do ténis. Em 2020, ano que está a ser marcado pela ‘maldita’ pandemia da COVID-19, Roger pisou apenas (à séria) os courts do Australian Open, onde ‘tombou’ nas meias-finais frente a Djokovic. O suíço teria apenas mais uma aparição em 2020, num torneio de exibição em Cape Town, na África do Sul, precisamente frente ao seu rival de sempre. Perante 51 mil espectadores nas bancadas, o suíço impôs-se por 6/4, 3/6 e 6/3 (último duelo entre os dois), num encontro que estabeleceu um novo recorde de espectadores numa partida de ténis. Em fevereiro, 'Rog' foi operado ao joelho direito e optou por não competir durante o resto da temporada em 2020.
Quem é o melhor de todos os tempos?
Roger Federer e Rafael Nadal são jogadores com carreiras únicas no ténis. Só com o devido distanciamento é que vamos perceber realmente a dimensão deste dois fenómenos irrepetíveis da modalidade. Mesmo quando ambos ‘pendurarem’ as raquetes, os seus nomes e a forma única como castigam as ‘bolas amarelas’ vão estar sempre presentes nas palavras proferidas por comentadores, jogadores e pelos fãs em todo o mundo. O seu legado não se vai apagar. Será sempre a final que todos irão querer ver: Nadal e Federer, separados por uma rede. Difícil dizer quem vai deixar o maior marco na modalidade.
"Nadal ou Federer? Comparam muito a fisicalidade de um ao jeito puro do outro. Da mesma forma que se distingue Ronaldo e Messi"
"Federer foi o primeiro a chegar aos 20 títulos no Grand Slam, tem recordes que outros não têm. Gostava que todos acabassem com 20. O Federer é visto como o jogador com o ténis mais elegante, mais suave, é mais o paradigma do tenista perfeito. O Nadal é um jogador peculiar e menos acessível. Para se ter o sucesso dele, tens que ter uma força física e mental sobre-humana. Se fores um rapaz normal, com a técnica do Nadal, não o consegues fazer. O professor de ténis ensina os seus alunos a jogar como o Federer. Não é um jogador ortodoxo, o Federer tem essa auréola, um tipo que é elegante. Muitos dizem que Federer é Federer. Comparam muito a fisicalidade de um ao jeito puro do outro. Da mesma forma que se distingue Ronaldo e Messi. O Federer transposta as pessoas para o ténis clássico. É um clássico-moderno, tem intemporalidade", analisa Miguel Seabra, preferindo destacar as suas qualidades humanas, experiência de quem esteve cara a cara com os dois. "São pessoas espetaculares, cordiais, genuínas, olham-te nos olhos, não fogem às respostas. Respeitam, são pessoas extraordinárias. Continuam com uma regularidade...também devido à metodologia de treino. Gostam muito de ténis, têm uma paixão. Federer, Nadal e Djokovic motivam-se porque têm essa paixão", explica.
"Nadal e Federer? São pessoas espetaculares, cordiais, genuínas, olham-te nos olhos, não fogem às respostas."
O melhor encontro de sempre em ténis?
2008, Wimbledon, Inglaterra – Muito pensariam que seria pouco provável superar o nível da final do Wimbledon patenteado por estes dois protagonistas em 2017, onde Federer se impôs em cinco sets. Mas o novo 'rematch', um ano volvido, teria qualquer coisa de extra e de inolvidável. Muitos consideram esse encontro o melhor da história da modalidade. O suíço vinha de um domínio avassalador na relva britânica, com cinco triunfos consecutivos no Grand Slam que ‘assenta arraiais’ em terras de sua majestade. Num duelo com quatro horas e quarenta e oito minutos de duração, naquela que foi a final mais longa de sempre em Wimbledon e que para sempre perdurará na memória de todos os amantes de ténis, Nadal acabou por quebrar a hegemonia do suíço no torneio, vencendo pelos parciais de 6-4, 6-4, 6-7 (5-7), 6-7 (6-8), 9-7, num encontro que só terminou às 21h16, já o sol definhava no horizonte.
Miguel Seabra foi testemunha ocular dessa final épica que teve lugar no dia seis de junho de 2008. Um encontro carregado de 'dramatismo' e com enormes paralelismos com a final de Wimbledon de 1980 entre Bjorn Borg e John McEnroe. A melhor de sempre, de acordo com o especialista em ténis.
“Nessa final do Wimbledon em 2008, o meu coração parou no quarto set”
"Nadal ganhou-a de uma maneira muito parecida como a que ganhou o Borg em 1980. O McEnroe salvou matchpoints no tie-break do quarto set e depois ganhou o Borg no quinto set. Federer salvou match-points no quarto set e Nadal venceu no quinto set. Essa final para mim foi a mais relevante de todos os tempos até porque hoje em dia tens os jogadores nas redes sociais, a televisão. Há uma maior proximidade com os campeões. Na altura tinham uma auréola mítica. A RTP transmitia a final do Wimbledon em canal aberto na RTP", recorda.
"Nadal e o Federer? O facto deles serem amigos e se admirarem é um pouco como o McEnroe e o Borg"
"Em todo o mundo as pessoas viam aquilo. E os que não viram, as outras pessoas contavam. Havia a passagem da mensagem de boca em boca o que ajuda a aumentar o mito. Nessa altura o ténis estava a saltar para a ribalta e essa final catapultou o ténis para outros patamares. Assim como esse encontro do Federer com o Nadal catapultou a rivalidade. O meu coração parou no quarto set. Vi uma tensão máxima, o dramatismo atingiu um tal pico. O facto deles serem amigos e se admirarem é um pouco como o Nadal e o Federer", acrescenta.
Recorde aqui o encontro entre os dois
Como o ténis selecionou estes dois predestinados?
Cinco anos separam os dois jogadores no bilhete de identidade: Federer é o mais velho dos dois (08/08/1981) com mais cinco anos do que o rival nascido a 03 de junho de 1986. Em ambos os casos, cedo se percebeu que se estava na presença de dois jogadores dotados para a modalidade mas que obviamente tiveram que trabalhar e muito para chegarem ao nível de ‘mestres’.
O início de Rafa
Nascido em Manacor, cidade da ilha de Maiorca, nas Baleares,e filho de um empresário, dono de vários negócios na ilha, o pequeno Rafa teve em Ronaldo 'o fenómeno', jogador então do Barcelona, um dos seus primeiros ídolos. Por intermédio do tio, Miguel Ángel Nadal, antigo futebolista dos catalães, o jovem teve a oportunidade de cumprir um dos seus sonhos de infância: Poder tirar uma fotografia com o ídolo. O desporto apareceu bem cedo na vida do maiorquino. Começou a jogar ténis com apenas três anos por mão do outro tio, Toni Nadal, que reconheceu imediatamente em Rafa um talento fora do vulgar.
Com apenas oito anos, Nadal ganhou os campeonatos regionais, ao mesmo tempo que também demonstrava as qualidades necessárias para ser visto como um futebolista promissor. Foi por volta dessa idade que foi encorajado pelo tio a tornar-se um jogador esquerdino, como vantagem para se impor no mundo competitivo como é o do ténis. Aos 12 anos, Nadal acabou por tomar uma decisão importante, optando por focar-se exclusivamente no ténis
Pressionado pela federação espanhola com vista a uma mudança para uma Academia em Barcelona, Nadal, por conselho do tio optou por ficar em Maiorca, onde prosseguiu a sua evolução. Foi em 2001 que se tornou profissional. Em 2005 venceu o primeiro Grand Slam em Roland Garros depois de bater Mariano Puerta. Esse ano acabou por ser memorável, com o espanhol a conquistar 11 torneios numa só temporada. Foi em 2008 que alcançou pela primeira vez o estatuto de número 1 mundial.
O mestre suíço do ténis
Natural de Basileia, Suíça, cidade onde nasceu em 1981, Roger Federer desde cedo demonstrou aptidão para o desporto e para o ténis e com apenas 11 anos já estava no top-3 no seu escalão etário. Com apenas 14 anos tornou-se campeão nacional júnior. Aos 17 anos conquistou o primeiro Grand Slam Junior, ao vencer o Wimbledon.
Em 2001 bateu Pete Sampras para chegar às meias-finais do Wimbledon. 2003 foi o ano em que venceu o primeiro Grand Slam também no torneio inglês. Foi em 2004 que se tornou pela primeira vez no número 1 do mundo.
Os números de uma rivalidade histórica
Nadal e Federer. Tão diferentes em estilos, mas geniais na forma como rescreveram a história do ténis. 'El Toro' lidera esta rivalidade, no que diz respeito aos duelos entre ambos os jogadores. Em 40 embates, Nadal leva a melhor com 24 vitórias contra 16 triunfos de Roger Federer. Os embates travaram-se em todas as superfícies: Em 40 partidas, 20 foram disputadas em 'hard court' (14 em 'outdoor hard court' e 6 em 'indoor hard court'), 16 em terra batida e quatro em relva. Federer lidera em 'hard court' (11-9), relva (3-1) e indoor hard court (5-1). Nadal sobrepôs-se em terra batida (14-2), e 'outdoor hard court' (8-6). Em finais, o espanhol também tem sido o mais competente, com um registo de 14-10. Nos encontros nos torneios do Grand Slam também há uma vantagem de 10-4 para o espanhol. Seis triunfos em Roland Garros contra nenhuma de Federer em Paris. Três vitórias também contra uma no Open da Austrália. Em Wimbledon, o suíço leva a melhor por 3-1. Os dois ainda não se encontraram no Open dos Estados Unidos.
Quem é o ‘Goat’ – Greatest Of All Time – do ténis?
Há já muitos anos que Nadal e Federer estão na luta - juntamente com o sérvio Novak Djokovic - pelo lugar de Goat, o melhor da história da modalidade. Os dois tenistas lideram no número de Grand Slams (20): Rafael Nadal igualou este ano o registo do helvético, com a vitória em Roland Garros. O suíço, já com 39 anos, tem feito nos tempos mais recentes uma gestão criteriosa da carreira, escolhendo a dedo os torneios em que participa. A última vitória do 'relógio suíço' nos torneios mais importantes do mundo do ténis teve lugar em 2018, com o triunfo no Open da Austrália. Falando no número de torneios conquistados, o suíço lidera com 103, contra 86 de Rafael Nadal. No que diz respeito aos 'prize moneys', os dois rivais também estão muitos próximos. De acordo com contas da ATP, o helvético já conquistou 108 milhões de euros em prémios, contra os 103 milhões de Rafael Nadal.
Nadal ou Federer? Tinto ou Branco, o mais difícil é escolher
É como conseguirmos explicar a um amigo que preferimos arroz de pato às migas, o porque alguns de nós prefere vinho branco ou tinto. De um lado uma técnica apurada, uma esquerda a uma mão, um jogador elegante, praticamente sem pontos fracos, contra a potência de Nadal com as suas direitas em 'top spin' pesadas e uma ferocidade e vivacidade que lhe permitem chegar (ainda) a quase todas as bolas. O serviço é um dos pontos menos forte do espanhol. Federer é considerado o mais técnico dos tenistas. De acordo com um estudo do 'Game Insight Group', o suíço impõe-se com a potência do seu primeiro serviço, com a direita e perde apenas na questão tática, em relação à capacidade para pesar os riscos quando ataca. A mentalidade do helvético é serena, talvez por ter ganho tantas vezes, não se deixando afetar em demasia pela pressão do momento.
Que títulos faltam então no currículo de Nadal e Federer? Roger detém o recorde como o tenista que mais semanas somou como número um do mundo (310) e durante mais semanas consecutivas (237). Ambos já conquistaram os quatro 'Majors' e a Taça Davis pelas respetivas equipas nacionais. Nadal não conseguiu ainda vencer nenhum torneio 'ATP finals' (torneio mais importante a seguir aos torneio do Grand Slam e que coloca em confronto os oito primeiros do Ranking ATP), mas por outro lado o espanhol venceu a medalha olímpica nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2012, nos singulares, ao contrário de Federer que só obteve a prata .
Números e curiosidades dos dois rivais
- Nadal é o atual número 2 do Mundo, apenas atrás de Djokovic;
- Nadal venceu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em 2008 e em 2016 em duplas. Federer venceu a medalha de ouro em (duplas) e a medalha de prata em singulares (2012);
- Nadal soma 13 Grand Slams conquistados em Roland Garros, um recorde na Era Open;
- Federer é o tenista mais bem pago do mundo há 15 anos consecutivos, entre prémios e patrocínios;
- Nadal venceu 24-16 dos duelos com Federer, mas perdeu sete das últimas oito partidas;
- Federer é o segundo jogador com maior número de títulos da Era Open, apenas atrás de Jimmy Connors (109);
- Federer tem o recorde de maior número de semanas consecutivas como número 1 do mundo (237). Nadal esteve durante 209 semanas na liderança:
- Rafael Nadal compete com um relógio do fabricante suíço Richard Mille, cujo valor se situa nos 615 mil euros , limitado a 50 unidades.
A idade é apenas um número e quando será derrubado o ‘Big 3’?
Foi no dia 11 de outubro que Nadal, com 34 anos e 130 dias, conquistou o 20.º Grand Slam da carreira, o sexto desde que atingiu os 30. Djokovic conta com quatro (33), e Federer já nos 39 anos venceu os mesmos quatros Grand Slams depois de atingir as três décadas de vida.
Contudo, nem os maiores de sempre parecem obcecados por estes registos. Ao invés de expor a ambição de ser o jogador que mais Grand Slams conquistou, Nadal confessou que "adorava acabar a carreira [simplesmente] como o jogador que mais Grand Slams jogou", referiu após a final em Roland Garros. Com a final conquistada frente a Djokovic, o espanhol de 34 anos assegurou a 100.ª vitória no torneio francês, somando apenas duas derrotas em 15 anos. Não é por acaso que o apelidam de Rei da terra batida.
"Não vou estar o tempo todo a pensar que o Novak [Djokovic] tem este torneio, o Roger [Federer] tem outro. Não podemos estar sempre frustrados porque o vizinho tem uma casa maior"
"Não vou estar o tempo todo a pensar que o Novak [Djokovic] tem este torneio, o Roger [Federer] tem outro. Não podemos estar sempre frustrados porque o vizinho tem uma casa maior", atirou o espanhol.
Ao ver o rival igualar-lhe o feito, Federer mostrou a mesma elegância com que pisa os courts. "Sempre tive um enorme respeito por Nadal tanto como pessoa como campeão. Como meu maior rival nos últimos anos, acredito que puxámos um pelo outro para nos tornarmos melhores jogadores. É por isso uma verdadeira honra congratulá-lo pela sua 20.ª vitória em torneios do Grand Slam."
Com 2020 a terminar (felizmente diga-se de passagem), já se sabe que Novak Djokovic irá terminar o ano como número 1 do mundo. Contudo, a última 'ATP finals' em Londres, que se realizou durante o mês de novembro, permitiu perceber que há atores capazes de degladiar com o trio magnífico. Nadal e Djokovic ficaram pelo caminho nas meias finais do torneio. O russo Daniil Medvedev, de 24 anos (4.º da hierarquia acabou por conquistar o torneio que fecha o ano ao bater o austríaco Dominic Thiem (27 anos) na final (3.º) em três sets. Contudo, longo será ainda o caminho para os que pretendem fazer sombra ao legado deste 'três monstros'. Djokovic, Nadal e Federer ganharam os três, 57 dos últimos 69 Grand Slams desde 2003, ano que celebra a primeira conquista de Federer em Wimbledon. Só em seis ocasiões, um deles falhou uma final.
Alguns tenistas acreditam que o fim do reinado poderá estar para breve. "O Big3' está por aqui há muito tempo. Acredito que daqui a cinco, seis anos a realidade não será a mesma", referiu recentemente Stefanos Tsitsipas, o último campeão do Estoril Open em 2019.
Após a derrota no Grand Slam de Paris, o mais novo do 'Big3" explicou porque é que Nadal, Federer e ele ainda são os reis incontestáveis do ténis mundial: "São muitos os que nos querem colocar na reforma, mas estamos estamos sempre a demonstrar às pessoas que somos os melhores do mundo, apesar de toda a pressão", atirou Djokovic.
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