O diretor do Estoril Open em ténis, João Zilhão, fez hoje um balanço positivo da primeira edição da prova e prometeu um quadro mais competitivo para o próximo ano.
Afirmando que o objetivo era “manter vivo um torneio do ATP em Portugal” e “organizá-lo de forma que dignificasse o país”, João Zilhão lembrou que só começou a trabalhar no início do ano na prova, depois de João Lagos anunciar que não iria a organizar a competição.
“Estamos muito contentes, porque o ‘feedback’ que recebemos dos nossos ‘sponsors’, do jogadores, do ATP foi muito positivo. Acho que resultou bem. Há muita coisa que pode ser melhorada (...). O balanço é positivo, muito positivo”, disse.
O diretor do Estoril Open disse ainda que o balanço do ATP foi “excecional” e que os relatórios do organismo que gere o circuito mundial elogiaram a prova.
Para 2016, João Zilhão quer ter um quadro mais competitivo, reconhecendo que, este ano, só começou “a trabalhar nos jogadores em fevereiro, o que é muito tarde, para quem faz os seus calendários no ano anterior”.
“Tenho alguma experiência nesta área dos jogadores, tratei dela no passado. Vou já começar a tratar dos jogadores para o próximo ano agora. A partir de Roland Garros, de Wimbledon, já me começo a reunir com os agentes para conseguir bons nomes para o próximo ano. Em fevereiro, quando os jogadores já têm o seu calendário feito, não posso fazer muito. A ideia é ter um quadro competitivo”, disse.
Para o diretor da prova, “há jogadores que o público vai querer ver novamente”, como Borna Coric e Nick Kyrgios.
“Sei que o público que não os conhecia passou a gostar deles e a respeitá-los. É um trabalho que vai começar a ser feito de raiz para garantir um quadro competitivo muito bom”, disse.
Sobre a vitória final do francês Richard Gasquet, Zilhão disse que “é um nome consagrado do ténis, tem 12 títulos ATP, tem um dos ténis mais bonitos do circuito”.
“É um grande jogador, um ‘gentleman’, gosto muito de o ter como primeiro vencedor”, afirmou.
A aposta no português João Sousa é para manter para o próximo ano, apesar da eliminação na primeira ronda, frente ao compatriota Rui Machado, lembrando que é agenciado por uma das empresas que faz parte da organização da prova e patrocinado por um dos ‘sponsors’ principais.
“É óbvio que ele [João Sousa] estava pressionado, mas se olharmos para o que aconteceu no campo, vimos que o Rui Machado fez um jogo extraordinário. O Rui provou que, eventualmente, é melhor jogador do que o João em terra batida. O Rui jogou um ténis de alta qualidade. O João é um grande embaixador do ténis português a nível mundial”, disse.
Uma possível organização de um torneio feminino em simultâneo está para já descartada, até pelas questões de espaço no Clube de Ténis do Estoril.
“Criar este puzzle já foi nos limites, cada metro quadrado está aproveitado. Conseguir pôr aqui um torneio feminino, que exige uma data de campos de treino, ‘courts’ de jogo, mais balneários não é fácil”, afirmou.
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