Sem jogar desde 12 de junho de 2023, o tenista Nick Kyrgios planeia regressar aos courts em Abu Dhabi, em dezembro, com o objetivo de vir ainda a ganhar um Grand Slam e "calar" aqueles que dele duvidam.

O antigo número 13 do mundo disputou apenas um jogo de singulares do ATP Tour em dois anos, depois de sofrer lesões no joelho, pé e pulso que colocaram em causa a continuidade da sua carreira.

O tenista de 29 anos deu a entender várias vezes que se poderia reformar, mas disse à News Corp's Code Sports, segunda-feira, que iria regressar para um torneio ATP, em dezembro, antes de disputar o Open da Austrália, em janeiro.

"Estou a voltar porque há algo que me mantém no jogo", salientou.

Aos 29 anos, Kyrgios considera que está apto para voltar à sua melhor forma com objetivos bastante ambiciosos.

"Derrotei praticamente todas as pessoas que me foram colocadas à frente, cheguei à final de um Grand Slam, ganhei um título de pares num Grand Slam, ganhei vários títulos e ganhei dinheiro", enumerou.

"Acho que a única coisa que está agora nos meus objetivos é um Grand Slam. Penso que essa será a única coisa que calará a boca das pessoas, no final do dia. E essa vai ser a minha grande motivação", acrescentou.

Kyrgios, que tem trabalhado como comentador durante esta sua ausência, chegou à sua primeira final de singulares de um Grand Slam em Wimbledon em 2022, perdendo em quatro sets para Novak Djokovic, pouco antes de se ver afastado do court devido às inúmeras lesões que o vêm apoquentando.

Apesar das qualidades que todos lhe reconhecem, Kyrgios nunca conseguiu ir mais longe numa era dominada por Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer, o que, aliado ao seu temperamento explosivo, levou a que alguns especialistas o considerassem um talento desperdiçado.

Mas, com Nadal a anunciar a sua reforma na semana passada e Djokovic agora com 37 anos, Kyrgios acredita que o jogo está “mais aberto do que nunca”.

O tenista australiano sempre foi intempestuoso e polémico, especialmente devido às habituais explosões em court, mas nega que tenha sido “um mau rapaz”.

“Acho que fiquei com essa marca só porque estava um pouco fora do círculo daquilo que é um tenista normal”, explica.

“Penso que já não tenho essa imagem unto do público australiano. Mas, no início da minha carreira, as pessoas pensavam que eu era um autêntico assassino.”, lembrou.

Resta saber como Kyrgios se vai apresentar no Open da Austrália, o primeiro Grand Slam de 2025, que terá início a 12 de janeiro do próximo ano.