Andy Murray teve hoje um regresso fácil ao “court” que o coroou campeão em 2013, avançando sem complicações para a segunda ronda do torneio de Wimbledon, tal como o número dois do ténis mundial, o sérvio Novak Djokovic.
Um ano depois de deixar o seu nome para a história do terceiro Grand Slam da temporada, em Londres, ao tornar-se o primeiro britânico a erguer o troféu de campeão em 77 anos, o terceiro cabeça de série demonstrou não sentir a pressão do seu estatuto, impondo-se ao belga David Goffin, por 6-1, 6-4 e 7-5, um resultado fechado com um ás.
“Houve um pouco mais de aplausos do que o habitual e isso foi especial”, reconheceu Murray depois da 450.ª vitória da sua carreira, numa conferência de imprensa em que discorreu sobre temas tão diversos como o facto de ter salvado um cão de ser atropelado no domingo ou a eliminação da seleção inglesa do Mundial de futebol.
Tão à vontade no “court” central, onde “despachou” o 105.º tenista mundial em duas horas e dois minutos, como na sala de conferências de imprensa, o número cinco mundial admitiu que ficou contente com a sua exibição de hoje e que na véspera se sentiu nervoso com a estreia.
Mas, a julgar pelo que se viu na primeira jornada no All England Club, o nervosismo do britânico é injustificado, tal como seria um sentimento semelhante da parte de Novak Djokovic, que ganhou com grande clareza ao cazaque Andrey Golubev, pelos parciais de 6-0, 6-1 e 6-4, em 88 minutos.
O primeiro cabeça de série do Grand Slam londrino, lugar que ocupa pelo seu título em 2011 e o estatuto de finalista no ano passado, ganhou os primeiros 11 jogos do encontro frente ao 55.º jogador ATP, disparando sete ases e 34 “winners” para agendar um embate na segunda ronda com o sempre difícil checo Radek Stepanek.
"Foi um ótimo início, especialmente os dois primeiros ‘sets’. Mérito do Andrey por conseguir voltar ao encontro no terceiro parcial, mas não podia estar mais feliz com a minha performance”, assumiu o sérvio.
Num dia sem sobressaltos para os principais cabeças de série, ao contrário do que aconteceu em 2013, o checo Tomas Berdych, finalista de 2010 e sexto cabeça de série, venceu o romeno Victor Hanescu, por 6-7 (5-7), 6-1, 6-4 e 6-3, com o espanhol David Ferrer, sétimo pré-designado, a seguir-lhe os passos ao derrotar o compatriota Pablo Carreno-Busta, por 6-0, 6-7 (3-7), 6-1 e 6-1.
Do lado feminino, a chinesa Na Li redimiu-se da chocante derrota na primeira ronda de Roland Garros, com uma vitória por 7-5 e 6-2 sobre a polaca Paula Kania.
“No início, estava um bocadinho nervosa, porque nunca tinha jogado contra ela e ela estava a usar esse poder contra mim, por isso estou muito contente por ter ganhado”, admitiu a segunda cabeça de série.
Na lista de vencedoras do dia, que inclui a vencedora de 2011, a checa Petra Kvitova, destaque também para a bielorrussa Victoria Azarenka, antiga número um mundial, que festejou o seu primeiro triunfo desde janeiro, ao bater a croata Mirjana Lucic-Baroni, semifinalista no distante ano de 1999, por 6-3 e 7-5.
A campeã do Open da Austrália em 2012 e 2013 esteve parada desde março até à semana passada devido a uma lesão no pé esquerdo.
O único resultado surpreendente do dia foi a eliminação da australiana Samantha Stosur, 17.ª cabeça de série, que foi derrotada pela belga Yanina Wickmayer, por 6-3 e 6-4.
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