À procura do 10.º título do Open da Austrália, o tenista sérvio Novak Djokovic viveu hoje uma jornada tranquila e marcou encontro nos quartos de final com Andrey Rublev, que sobreviveu a uma “roleta-russa” frente a Holger Rune.
A fechar os encontros de singulares na Rod Laver Arena, o tenista de Belgrado, de 35 anos, alcançou o triunfo mais fácil este ano em Melbourne Park, ao superar na quarta ronda o australiano Alex de Minaur, pelos parciais de 6-2, 6-1 e 6-2, em apenas duas horas e seis minutos.
O número cinco do mundo, a jogar para tentar igualar o recorde de 22 títulos do Grand Slam do espanhol Rafael Nadal e recuperar a liderança do ‘ranking’ ATP, não deu qualquer hipótese ao adversário (24.º), garantindo pela 13.ª vez a presença na antepenúltima fase do primeiro ‘major’ da temporada.
“Queria mesmo ganhar em três ‘sets’. Obviamente que nunca sabemos o que vai acontecer em ‘court’. Penso que os primeiros quatro a cinco jogos foram equilibrados. Depois do primeiro ‘break’ no primeiro ‘set’, senti-me mais solto e liberto para bater bem a bola e ao mesmo tempo ser mais agressivo”, explicou o sérvio.
O próximo adversário de Djokovic será o russo Andrey Rublev (6.º), que sobreviveu hoje, como o próprio confessou em ‘court’, a uma “roleta-russa” frente ao dinamarquês Holger Rune, eliminado no ‘tie-break’ do quinto parcial, por 6-3, 3-6, 6-3, 4-6 e 7-6 (11-9), ao fim de três horas e 37 minutos.
Depois de ter recuperado de uma desvantagem de 2-5 no decisivo parcial, salvar dois ‘match points’ quando servia a 5-6 e virar de 0-5 no ‘tie-break’, o moscovita, de 25 anos, assegurou a passagem aos quartos de final do ‘Happy Slam’ pela segunda vez na carreira, sétima em torneios do Grand Slam.
“Nunca na minha vida consegui vencer um encontro como este. É a primeira vez que ganho algo assim, especialmente num torneio tão especial, o Open da Austrália, para chegar aos quartos de final. Será algo de que me irei lembrar sempre. Não tenho palavras, estou a tremer de felicidade”, comentou Rublev, que saiu derrotado dos seis encontros dos quartos de final disputados até hoje no Grand Slam.
Já o norte-americano Tommy Paul (35.º) precisou de quatro ‘sets’, com os parciais de 6-2, 4-6, 6-2 e 7-5, para ultrapassar o favorito espanhol Roberto Bautista Agut (25.º), carrasco do português João Sousa na primeira ronda, e marcar duelo com o compatriota e estreante nos Antípodas, Ben Shelton, de 20 anos, que derrotou JJ Wolf, por 6-7 (5-7), 6-2, 6-7 (4-7), 7-6 (7-4) e 6-2, ao cabo de três horas e 47 minutos.
Na competição feminina, a bielorrussa Aryna Sabalenka, quinta classificada na hierarquia WTA, confirmou o favoritismo frente à suíça Belinda Bencic (10.ª), por 7-5 e 6-2, para se estrear nos quartos de final em Melbourne Park, onde vai agora medir forças com a croata Donna Vekic, responsável por eliminar a checa Linda Fruhvirtova, pelos parciais de 6-2, 1-6 e 6-3.
Ao contrário de Sabalenka, que venceu 11 dos últimos 14 jogos e assinou 32 ‘winners’ para garantir a manutenção em prova, a francesa Caroline Garcia, número quatro do mundo, foi surpreendida pela polaca Magda Linette (45.ª), por 7-6 (7-3) e 6-4, que vai integrar pela primeira vez o lote de oito finalistas de um ‘major’.
A próxima adversária de Linette será Karolina Pliskova, antiga número um mundial e atual 31.ª classificada, após o triunfo da checa sobre a chinesa Zhang Shuai (22.ª WTA) pelos parciais de 6-0 e 6-4.
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